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A Casa de Deus: Simetria perfeita, Majestade absoluta

Redação (Quarta-feira, 08-06-2016, Gaudium Press) A Catedral de Santa Maria da Sede de Sevilha é a maior catedral gótica do mundo. A multissecular Catedral espanhola é, ainda, a terceira maior Igreja Católica do orbe, apenas superada pelo Santuário de Nossa Senhora Aparecida no Brasil e pela Basílica de São Pedro, em Roma.

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Suas altíssimas abóbadas -que chegam aos 42 metros de altura-, albergam tesouros de imenso valor artístico e histórico. Entre eles, os restos mortais de célebres personagens como o descobridor das Américas, Cristóvão Colombo e de vários Reis de Castela entre os quais se destaca São Fernando III, que em 1248 reconquistou Sevilha, incorporando-a definitivamente a Coroa da Católica Espanha.

Seus quinze portais, distribuídos em quatro fachadas monumentais, dão acesso a 80 capelas internas onde em diversos momentos de sua história, as missas diárias chegavam ao número de 500. (1)

Em pleno século XXI, a majestosa e espetacular Catedral Sevilhana é ainda um irresistível polo de atração para mais de 1.300.000 visitantes anuais, que ali se congregam incessantemente para admirar a imponência de suas abóbadas, retábulos e altares.

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Uma bela e ensolarada manhã de abril, entre a multidão de visitantes também encontraram os fotógrafos da Gaudium Press, enquanto cobriam os eventos da Semana Santa Sevilhana.

Um deles, decidiu olhar brevemente através das grades que separam o altar mor do presbitério, para observar melhor os traços magníficos da belíssima abóbada. Ao cabo de uns momentos, lhe foi possível distinguir com claridade os detalhes do monumental presbitério coroado pela misteriosa presença de cada um dos órgãos laterais. Com efeito, tratam-se de dois instrumentos gêmeos, colocados em uma simetria surpreendente, perfeita, quase irreal, que coroam os bancos reservados aos cônegos. Obra de Aquilino Mezúa em 1901, ambos órgãos podem interpretar-se a partir do mesmo teclado, projetado para comandar simultaneamente uma potente sinfonia composta por nada mais nada menos que 7 mil tubos.

Com a câmara entrelaçada firmemente nas citadas grades, e um pouco de paciência, foi possível capturar a imagem que ilustra o presente artigo.

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Através das magníficas melodias que emanam dos monumentais órgãos da Catedral Andaluza, a Voz da Igreja nos convida a contemplar um reflexo das harmonias indescritíveis que ressoam nas vastidões celestiais.

Simetria perfeita, beleza incomparável e majestade absoluta se entrelaçam com graça e delicadeza, para maravilhar ao visitante e envolvê-lo no mistério inefável da Presença Eucarística, ponto culminante e razão de ser da Casa de Deus: “Hic Domus Dei est et porta Coeli…” (Esta é a Casa de Deus e Porta do Céu), (Gn 28,17).

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Segundo narra a pitoresca tradição oral sevilhana, foi esta definitivamente a intenção dos cônegos que edificaram o solar no final do século XIII: “Façamos uma Igreja tão bela e tão grandiosa que os que a verem lavrada nos tenham por loucos: (…) Uma tal e tão boa, que não tenha outra igual” (2) e como podemos ver… é difícil imaginar que não tenham conseguido.

Por Gustavo Kralj

Traduzido do original em espanhol por Emílio Portugal Coutinho.
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(1) Larkin Dunton (1896). The World and Its People Vol. 5. Silver, Burdett. p. 289.

(2) Juan José Asenjo Pelegrina, Arcebispo de Sevilha. “Uma catedral para o século XXI” Alocução do Arcebispo de Sevilha no ato comemorativo do XXV aniversário da declaração do conjunto monumental Alcázar-Archivo de Indias-Catedral de Sevilha como Patrimônio da Humanidade, de 11 de Dezembro de 2012. (GPE/EPC)

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