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A Sandália do Príncipe dos apóstolos

Redação – (Terça-feira, 28/06/2016, Gaudium Press) – Estamos na oitava, mais propriamente, na véspera da Festividade do Príncipe dos Apóstolos, aquele que foi convidado por Jesus, pessoalmente, para deixar de ser pescador de peixes e tornar-se pescador de homens, de almas.

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A Câmara Santa da Catedral de Oviedo (Espanha), na qual, entre
várias outras relíquias,  se conserva a sandália de São Pedro

A Câmara Santa da Catedral de Oviedo (Espanha), na qual, entre várias outras relíquias,
se conserva a sandália de São PedroSuas sandálias -as sandálias do pescador-, a seu modo, fizeram parte de sua gesta, “assistiram” a história que ele escreveu. Elas perderam o prosaísmo daquilo que fica abaixo dos pés e adquiriram um status superior.

Aqui está a história das sandálias que se tornaram veneráveis:

-Quando o corpo de São Pedro foi levado para o sepulcro, na Colina do Vaticano, um cristão anônimo recolheu as duas desgastadas sandálias de couro com as quais o Apóstolo havia percorrido distâncias incomensuráveis de estradas poeirentas e de calçadas romanas, difundindo por toda parte o nome de Jesus.

Um par de velhas sandálias de couro estropiado… o que poderia haver de mais insignificante? Aquelas, entretanto, foram conservadas como valiosas relíquias, pois haviam protegido os pés do grande Papa e Mártir, o primeiro Vigário de Cristo na terra.A Sandália do Príncipe dos apóstolos2.jpg

Uma delas, a direita, foi levada para Jerusalém e ali permaneceu junto com outras preciosidades até 614.

Nesse ano, as perseguições dos persas obrigaram um sacerdote a levar para Alexandria todas essas relíquias encerradas em uma arca. Posteriormente, à medida que os inimigos da Fé progrediam no norte da África, os cristãos foram levando essa arca de cidade em cidade. Assim, em 812 chegou ela a Oviedo, no extremo norte da Península Ibérica.

Ali o Rei Afonso II, o Casto, um dos primeiros sucessores do intrépido Dom Pelayo, mandou construir a famosa Câmara Santa da Catedral de Oviedo para acolher a preciosa arca que, por respeito, era mantida fechada.

Assim permaneceu ela até 13 de março de 1075, quando foi aberta em presença do Rei de Castela, Afonso VI, bispos, abades e numerosos personagens da Corte.

Seu conteúdo era realmente valioso: um pedaço da Santa Cruz, alguns espinhos da coroa cravada pelos algozes na fronte sacrossanta do Salvador e várias outras relíquias de menor porte.

Todas foram expostas à veneração dos fiéis na Câmara Santa. Entre elas, a sandália de São Pedro, testemunha de tantos fatos gloriosos da vida do primeiro Papa.

(in “Revista Arautos do Evangelho”, Out/2005, n. 46, p. 21)

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