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No Angelus, Papa lembra tempo para acolher e escutar

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 18/07/2016, Gaudium Press) – Embora estando de Férias, o Papa Francisco foi até a Praça São Pedro para, da janela dos Escritórios Papais, no Colégio Apostólico, rezar o Angelus com os peregrinos e fiéis que la se encontravam neste XVI Domingo do Tempo Comum.

Foram destaque em seu discurso as palavras do Santo Padre sobre a tragédia de Nice, na França acontecida na quinta-feira, 14 de julho:

“Nos nossos corações é viva a dor pela tragédia que na noite de quinta-feira passada, em Nice, ceifou tantas vidas inocentes, e mesmo tantas crianças. Estou próximo a cada família e à inteira nação francesa em luto.

Deus, Pai bom, acolha todas as vítimas na sua paz, apoie os feridos e conforte os familiares; Ele afaste cada projeto de terror e de morte, para que nenhum homem ouse derramar o sangue do irmão.

Um abraço fraterno e paterno a todos os habitantes de Nice e a toda a nação francesa. “

Marta e Maria

Ao comentar a passagem do Evangelho proposto pela liturgia do dia quando é narrado o episódio de Marta e Maria, Francisco convidou os fiéis a procurarem construir um mundo mais fraterno, baseado no acolhimento e não na marginalização e na exclusão.

O Papa afirmou que as duas irmãs que acolhem em casa Jesus recordam-nos que a hospitalidade é “uma virtude humana e cristã”. Uma virtude que, no entanto, “no mundo de hoje arrisca de ser negligenciada”.

Sem tempo para escutar

hoje apesar da existência de muitas “instituições que tratam muitas formas de doença, de solidão, de marginalização”, lembrou Francisco, diminuiu a probabilidade de escuta.

No frenesi de tantos problemas – disse o Papa – “não temos tempo para escutar”:

“E eu gostaria de vos fazer uma pergunta e cada um de vós responda no seu próprio coração:

‘Tu marido tens tempo para escutar a tua mulher? E tu, mulher, tens tempo para escutar o teu marido? Vós pais tendes tempo para perder, para escutar os vossos filhos, os vossos avós, os vossos idosos?”

No evangelho de hoje, – segundo o Santo Padre – é importante sublinhar, diz Francisco, que Marta, tomada pelas coisas que tinha que preparar “arrisca-se a esquecer a coisa mais importante, ou seja, a presença do convidado, que era Jesus neste caso”.

Escutar é, portanto, uma palavra-chave que não devemos esquecer – afirmou o Papa que terminou o Angelus com uma oração dirigida a Nossa Senhora:

“A Virgem Maria, Mãe da escuta e do serviço cuidadoso, nos ensine a ser acolhedores e hospitaleiros com os nossos irmãos e as nossas irmãs”. (JSG)

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