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São Maximiliano Kolbe: santo polonês que substituiu um prisioneiro condenado a morte

Cracóvia – Polônia (Quarta-feira, 27/07/2016, Gaudium Press) – Durante a realização desta JMJ Cracóvia-2016, momentaneamente, o Papa Francisco se afasta das multidões para visitar o campo de concentração de Auschwitz, local onde, há 75 anos, morreu São Maximiliano Maria Kolbe.São Maximiliano Kolbe.jpg

Padre Kolbe foi um frade franciscano que fundou a Milícia da Imaculada, um movimento de evangelização com mais de três milhões de membros em 48 países.

Mas ele é mais conhecido por um gesto incrível e inesperado que ele praticou:

Quando era prisioneiro em Auschwitz pediu para morrer no lugar de outro prisioneiro que era casado e tinha vários filhos.

Para o Padre Raffaele di Muro, que é o presidente internacional da Milícia da Imaculada, “seus últimos dias são os que mais chamam a atenção, apesar de que exista muito mais por detrás desta figura extraordinária. Ele foi um grande apóstolo ao longo de toda sua vida”.

Mosteiro Asilo

Na Polônia, São Maximiliano fundou também um mosteiro chamado de “Cidade da Imaculada” que acabou por transformar-se em um centro de propaganda antinazista, ainda em plena II Guerra Mundial, em uma Polônia ocupada.

E não demorou muito para este Mosteiro transformar-se em um asilo seguro para refugiados.

Segundo o Padre Raffaele, “Maximiliano sabia que algo deveria ser mudado naquela estrutura. Não poderia ser uma casa dedicada à imprensa e ao rádio, mas que deveria ser um asilo para refugiados.

Essa foi sua profecia. Ele transformou uma editora em um albergue para refugiados”.

Os Papas e Auschwits

João Paulo II e Bento XVI estiveram na Polônia e visitaram a cela onde São Maximiliano passou seus últimos dias. Cada um deles ali rezou e lançou uma mensagem para o mundo.

Na manhã do dia 29 de julho, sexta-feira, o Papa Francisco visitará também este campo de concentração e, em silêncio, estará também no local do martírio do Padre Kolbe.

Para o Padre Raffaele, Francisco, que tem dado especial atenção às Obras de Misericórdia, ira além de uma simples recordação de um sacrifício:

“Creio que o Papa quer enviar um sinal forte para o mundo indo até aquele lugar. É um aviso: ‘Vamos com cuidado para que Auschwitz não aconteça novamente’. Mas aí sim fará um grande ruído, com muito respeito pelo que ocorreu e amor pelas vítimas, numa atitude de reflexão e com grande dor pessoal”.(JSG)

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