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Arcebispo na Índia reafirma importância de reconhecer martírio de cristãos em Orissa

Bhubaneswar – Índia (Quinta-feira, 25-08-2016, Gaudium Press) “Nunca é tarde demais”. Com estas palavras, o Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, Dom John Barwa, destacou a agência AsiaNews a introdução do Dia das Vítimas de Kandhamal, uma comemoração do pior fato de violência anticristã da história da Índia, ocorrido em 2008 e que deixou mais de 100 mortes de cristãos e milhares de desabrigados. “Nosso objetivo é que em todas as paróquias e instituições nas seis dioceses de Orissa, Índia oriental, tenhamos uma celebração comum para recordar as pessoas que sofreram e morreram durante a violência”.Arcebispo na Índia reafirma importância de reconhecer martírio de cristãos em Orissa.jpg

O prelado expressou sua esperança de que todos os católicos se apropriem da comemoração para perpetuar a memória e a oração pelos cristãos perseguidos. Até o momento líderes leigos, sacerdotes e grupos civis realizaram atividades próprias para manter viva a recordação da tragédia e pedir o respeito para as comunidades cristãs. “Isto envia uma forte mensagem a todos e a todo o mundo de que uma violência tal não deve produzir-se mais na história de Kandhamal ou em parte alguma do mundo”, comentou Dom Barwa.

O prelado recordou que o prazo de espera normal da Igreja para iniciar o processo de reconhecimento do martírio das vítimas é de cinco anos e que os fatos sucederam há oito, por isso não há obstáculo para buscar a beatificação dos fiéis. Os fatos são amplamente conhecidos e o prelado espera uma grande colaboração em torno da causa. “Deixemos que o assunto de Kandhamal seja parte da história da Índia”, motivou o Arcebispo. “Isto acelerará o esforço e o processo de maneira positiva”.

O prelado explicou que já foram feitos esforços para documentar os fatos de violência e se formaram equipes de estudo. “Façamos que as vítimas de Kandhamal sejam reconhecidas por todos e recebam sua importância como mártires. Estou fazendo o máximo que posso como Arcebispo para levar adiante a causa, mas outros necessitam apoiá-la”, exclamou Dom Barwa. O prelado referiu que fiéis e sacerdotes locais lhe insistem frequentemente sobre a importância de avançar neste sentido. “Qualquer que seja o caso, é minha crença sincera que deveria haver um movimento ao longo do ano para orar por aqueles que morreram, em cada povoação, paróquia e instituição, de forma regular”. (GPE/EPC)

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