Gaudium news > Em Tbilisi, Papa sublinha identidade europeia da Geórgia: "ponte" com a Ásia

Em Tbilisi, Papa sublinha identidade europeia da Geórgia: "ponte" com a Ásia

Tbilisi – Georgia (Sexta-feira, 30-09-2016, Gaudium PressDepois de um voo que durou quatro horas, o Papa Francisco chegou à Georgia por volta das 15 horas, hora local.

O Papa foi recebido no aeroporto internacional de Tbilissi pelo presidente da República, Guiorgui Margvelachvili, e por Ilia II, da igreja ortodoxa. O Pontífice recebeu as honras militares de acordo com o protocolo previsto.

Em seguida o Papa encontrou-se, no Palácio Presidência, com o chefe de Estado, com autoridades civis e o Corpo Diplomático.

Palavras do Papa

Uma hora depois de ter chegado ao país para uma visita que se prolonga até a manhã de domingo, dia em que o Pontífice segue para o Azerbaijão.

Em discurso, o Papa destacou a identidade europeia da Georgia que se situa no Cáucaso e que é considerada como uma “ponte natural” para a Ásia e que, por isso mesmo, ao longo da história, tem sido um ponto de “encontro e intercâmbio vital” entre culturas e civilizações.

Falando no Palácio Presidencial, em seu primeiro discurso em solo georgiano, o Papa sublinhou que este é um “país a pleno título e de modo fecundo e peculiar no leito da civilização europeia”.

Francisco ainda afirmou: “Qualquer distinção de caráter étnico, linguístico, político ou religioso, longe de ser utilizada como pretexto para transformar as divergências em conflitos e estes em tragédias sem fim, pode e deve ser, para todos, fonte de enriquecimento recíproco em benefício do bem comum”.

O Papa continuou seu discurso denunciando “extremismos violentos” que manipulam e princípios de natureza civil e religiosa, “pondo-os ao serviço de obscuros desígnios de domínio e morte”. E recordou também a situação dos refugiados e migrantes, pedindo que todos tenham a “possibilidade de viver em paz na sua terra ou de regressar a ela livremente”.

O Pontífice elogiou a presença cristã desde o início do século IV, neste território, bem como os “grandes sacrifícios” que os georgianos fizeram para recuperar a sua independência, há 25 anos, após a queda da URSS.

Ele desejou uma “coexistência pacífica” entre todos os povos e Estados da região, antes de referir às “boas relações” que a Geórgia “sempre manteve com a Santa Sé”, com votos de um “um diálogo renovado e mais intenso”. (JSG)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas