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A Salvação não depende de riqueza ou pobreza, mas do reto uso dos bens, afirma Bispo argentino

Buenos Aires – Argentina (Segunda-feira, 03-10-2016, Gaudium Press) O Bispo de Avellaneda-Lanús, Argentina, Dom Rubén Frassia, explicou a parábola do rico Epulão e o pobre Lázaro em seu programa radiofônico, comentando a doutrina da Igreja que não condena a riqueza em si mesma, mas o mal uso dos bens recebidos de Deus. “Não é que o rico, por ser rico, se condena e o pobre, por ser pobre, se salva. Não”, advertiu o prelado, segundo informou AICA. “Trata-se da dimensão do reto uso que se faz das coisas, dos bens e da responsabilidade com que se atua diante de todas as coisas”.

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Dom Rubén Frassia, Bispo de Avellaneda-Lanús,
Argentina. Foto: AICA.

O prelado louvou a profundidade e realismo da parábola de Cristo e fez um chamado à reflexão dos crentes. “A comparação não nos faz ficar na materialidade do fato, mas temos que ver aonde nos leva o pensamento da Palavra de Deus”, comentou. “A riqueza, por si, não é má e o sofrimento, por si, não é bom; sempre tem uma relação. Isto é importante saber”.

“Cada um é sujeito do dom que Deus presenteia e às vezes é sujeito de responsabilidade, de resposta que cada um tem que dar. E cada um dá conforme o seu pensamento, o seu coração”, explicou o Bispo. “Na parábola, parece que o rico tinha um coração fechado e Lázaro tinha um coração aberto. Isto é o que mais se necessita”. O coração fechado à misericórdia se expressa também na atitude dos irmãos do rico Epulão, a quem se nega a possibilidade de uma ação sobrenatural para forçar sua conversão.

Isto pode ser certo na vida concreta das pessoas de hoje. “Por mais que te queiram convencer, ou ‘por mais que queiram dizer-te’, ou ‘por mais que tenhas experimentado coisas’, se a pessoa tem o coração fechado nunca irá se abrir”, lamentou Dom Frassia. “Deus é onipotente em seu amor, em sua ternura e em sua misericórdia; mas também respeita -desde sua misericórdia e sua ternura- a liberdade de cada um de nós. E às vezes a liberdade é resposta para o bem e outras vezes é resposta para o mal”.

O prelado orou para que Deus dê a graça aos fiéis de “escutarmos bem, sermos responsáveis, assumirmos o controle de nossas vidas, desenvolvê-las, cultivá-las; e que esta vida nossa seja de entrega aos demais”. Bens materiais e imateriais como os talentos, conhecimentos e outros devem ser postos a serviço daqueles que padecem necessidade. “Que Deus nos ilumine e abra nosso coração, e recordemos que na vida o que temos recebido gratuitamente devemos dá-lo também gratuitamente aos demais”, concluiu. (GPE/EPC)

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