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Agostinianos: Papa recebe participantes do 55.º Capítulo Geral da Ordem

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 21-10-2016, Gaudium Press) “Somos chamados a criar, com a nossa presença no mundo, uma sociedade capaz de reconhecer a dignidade de cada pessoa e compartilhar o dom que cada um é para o outro”.

Este é um trecho das palavras ditas pelo Papa Francisco durante o encontro com os participantes do 55.º Capítulo Geral da Ordem dos Agostinianos Recoletos, realizado em Roma.

Com as palavras ditas aos agostinianos, no Vaticano, na quinta-feira, 20/10, o Papa quis afirmar que a Igreja Católica deve ajudar a sociedade a tomar maior consciência do valor da dignidade humana.

O Pontífice convidou os presentes a construir comunidades “vivas e abertas”, capazes de responder às necessidades de cada pessoa.

“Este é o poder que temos, não os nossos próprios ideais e projetos, mas a força da misericórdia de Deus, que transforma e dá vida”, disse.

Reflexão: um só coração e uma só alma

O Papa transmitiu aos religiosos uma reflexão feita a propósito de uma frase de Santo Agostinho: “Toda a nossa esperança está na grandeza da Tua misericórdia. Dá-me o que me ordenas e ordena-me o que quiseres”, que foi o lema escolhido pelos agostinianos recoletos para esta sua assembleia magna:

“Esta invocação nos leva a ser homens de esperança, ou seja, com horizontes, capazes de colocar toda a nossa confiança na misericórdia de Deus, conscientes de que somos incapazes de enfrentar sozinhos com as nossas forças os desafios que o Senhor nos apresenta. Somos pequenos e indignos, porém em Deus está a nossa segurança e alegria. Ele nunca decepciona. É o único que nos leva por caminhos misteriosos com amor de Pai.”

Francisco prosseguiu, sublinhando que esta oração faz dos cristãos “homens de esperança” que encontram em Deus a sua “segurança e alegria”: “Ele nunca decepciona. É o único que nos leva por caminhos misteriosos, com amor de Pai”, sublinhou.

Viver como irmãos “com um só coração e uma só alma”

O Papa convidou os religiosos prosseguirem com espírito renovado o sonho de Santo Agostinho: viver como irmãos “com um só coração e uma só alma”.

Francisco destacou que este Capítulo Geral dos Agostinianos Recoletos “quis rever e colocar diante de Deus a vida da Ordem, com seus anseios e desafios para que o Senhor lhes dê luz e esperança. Para buscar a renovação e impulso é necessário voltar-se para Deus e pedir-lhe o novo mandamento que Jesus nos deu: ‘Amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês’. Pedimos o seu amor para que sejamos capazes de amar”.

“Olhamos ao passado e damos graças por tantos dons recebidos. Fazemos esta viagem histórica segurando na mão do Senhor, pois é Ele quem nos dá a chave para interpretá-la. Não se trata de fazer história, mas descobrir a presença do Senhor em cada acontecimento, em cada etapa da vida. O passado nos ajuda a voltar ao carisma e saboreá-lo com todo o seu frescor e integridade. Ele também nos dá a possibilidade de analisar as dificuldades que surgiram e como foram superadas a fim de enfrentar os desafios atuais, olhando para o futuro. Este caminho, junto com Jesus, se tornará uma oração de ação de graças e purificação interior. “

Misericórdia, que transforma e dá vida

Para encerrar Francisco disse:

“Somos chamados a criar, com a nossa presença no mundo, uma sociedade capaz de reconhecer a dignidade de cada pessoa e compartilhar o dom que cada um é para o outro. Com o nosso testemunho de comunidade viva e aberta que o Senhor nos ordena, através do sopro do seu Espírito, podemos atender às necessidades de cada pessoa com o mesmo amor com que Deus nos amou. Este é o poder que levamos, não os nossos próprios ideais e projetos; mas a força de sua misericórdia, que transforma e dá vida. (JSG)

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