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O Anjo da Rússia

Redação (Sexta-feira, 21-10-2016, Gaudium Press) Defronte ao suntuoso Palácio de Inverno, em São Petersburgo, a altiva figura de um Anjo portando uma Cruz estende suas asas protetoras sobre aquela imensa nação.

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Desde pequenos, nos é ensinado o reconfortante fato de termos para nossa proteção um Anjo da Guarda. A ele as pequenas crianças cristãs, seja qual for sua língua materna, aprendem a recitar singelas e inocentes orações que invocam seu amparo e sua luz.

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Menos conhecido é o fato de a Providência ter reservado não só aos homens, mas também às nações, um Anjo Protetor. Tal realidade é apresentada em um trecho do Antigo Testamento, no qual o Anjo da Pérsia se opõe ao da Grécia (cf. Dn 10, 13-22). É mencionada também por São Jerônimo em seu comentário ao livro de Daniel e, mais recentemente, vemo-la refletida nas aparições de Fátima quando, precedendo as manifestações da Mãe de Deus, um espírito celestial se apresentou aos pastorinhos com estas palavras: “Eu sou o Anjo de Portugal”.

Assim, de modo algum é estranho que se tenha devoção, ou se preste alguma forma de homenagem ao Anjo Protetor de cada país. Um belo exemplo disso, o vemos na longínqua Rússia. Uma vez afastadas as ameaças da invasão napoleônica, foi erigido na praça defronte ao Palácio de Inverno, em São Petersburgo, um marco comemorativo da vitória: a Aleksandrovskaia Kolonna, coluna dedicada ao Czar Alexandre I, por seu papel no triunfo sobre os invasores, em 1812.

O monolito de granito avermelhado se mantém erguido sem estar preso à base, devido às suas 600 toneladas de peso. Inaugurado em 1834, o majestoso monumento atinge 47 metros de altura e foi desenhado por Auguste de Montferrand, o mesmo arquiteto francês que projetou a famosa Catedral de Santo Isaac.

E por fim, o detalhe que especialmente nos interessa: a coluna é encimada pela imagem de um Anjo esmagando uma serpente, obra de Boris Orlovskii. Seus idealizadores quiseram assim simbolizar o Anjo da Rússia, que do alto guarda o país, protegendo- o contra as ameaças externas.

Vigilante e solícito, o Anjo da Rússia vela continuamente por seus incontáveis protegidos, disseminados por tão extensa nação, que se estende dos limites da Europa até os confins da Ásia. O protetor espírito celeste é ainda penhor de uma bela promessa. Em Fátima, Nossa Senhora prenunciou prêmios e castigos, no entanto, só dois países foram citados nominalmente: Portugal e Rússia. “A Rússia se converterá”, anunciou Ela.

A Rússia se converterá! Eis a promessa, cheia de esperança, que a figura do majestoso Anjo lembra, ao portar sua Cruz e estender suas asas protetoras sobre São Petersburgo e sobre toda essa extensa nação.

Fonte: “Revista Arautos do Evangelho” – n. 78, p. 50-51

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