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Albânia: 38 mártires do comunismo serão canonizados

Tirana – Albania (Terça-feira, 25-10-2016, Gaudium Press) Há dois anos, quando o Papa Francisco visitou a Albânia, ele ficou sem voz ao ouvir o testemunho dos sacerdotes e religiosas que viveram sob a opressão do regime comunista que dominou aquele país.

Agora, 38 daqueles católicos que não sobreviveram às torturas morrendo vítimas do ódio à Fé, foram declarados mártires e, em breve, deverão ser beatificados.

Viva Cristo Rei! Viva a Albânia! Viva o Papa!

“No grupo dos 38, o último deles foi assassinado em 1974 porque havia feito um batizado escondido do governo comunista. Algo considerado crime de morte pelos marxistas. Este sacerdote foi traído. E por isso o fuzilaram.
Todos estes mártires, antes de serem assassinados bradavam: Viva Cristo Rei!, como faziam no México os Cristeros: Viva Cristo Rei!, viva a Albânia! Viva o Papa! “, informa Dom Ângelo Massafra, Arcebispo de Shkodër, na Albânia

Este grupo de mártires será beatificado na Albânia. Encabeça a lista dos futuros beatos o franciscano Vicente Prennushi, que foi arcebispo de Durrës. Com ele, mais 37 fiéis católicos que foram assassinadas por ódio à Fé entre os anos de 1945 e 1974, também serão beatificados.

Dom Ângelo Massafra, informa que “No grupo estão dois bispos e também sacerdotes, religiosos jesuítas e franciscanos, quatro leigos, entre eles uma mulher.

Um dos homens, antes de morrer, conta Dom Massafra, disse diante de seus algozes: “eu morro inocente. Perdoo a quem me acusou e a quem me assassina”.

“Esta é a riqueza destes grandes mártires, e também dos sacerdotes que viveram sob o regime comunista, porque nenhum deles procurou vingar-se contra aqueles que o haviam torturado”, disse o Prelado.

Nação Mártir

Depois de padecer por algum tempo sob um regime fascista e em seguida estar debaixo de um regime nazista, também anticristão, a Albânia suportou, por quarenta anos, a ditadura comunista que se empenhou a todo custo em ser o primeiro país a banir a Fé de seu território.

Tanto o governo comunista tinha em vista ter Deus fora do horizonte e da vida dos albaneses que, em 1967, a Albânia foi proclamada como sendo o primeiro Estado ateu do mundo.

Dos 38 mártires, alguns foram fuzilados, outros morreram no cárcere e, outros ainda, em consequência das brutais torturas pelas quais passaram.

Todos morreram por ódio à Fé, testemunhando sua adesão Igreja e ao Papado e pronunciando o nome de Deus como último ato dessa vida e primeiro do Céu. (JSG)

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