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Papa comenta: era estrangeiro, me hospedastes; estive nu, me vestistes

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 26-10-2016, Gaudium Press) Nesta quarta-feira o Papa Francisco concedeu mais uma de suas Audiências Gerais, na Praça São Pedro. Estavam presentes cerca de 25 mil fiéis e peregrinos.

Papa comenta era estrangeiro, me hospedastes; estive nu, me vestistes.jpgO Sano Padre continuou com a sequência de reflexões sobre as obras de misericórdia corporais. Como na semana passada Francisco havia tratado de “dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede”, desta vez ele tratou de duas outras lembrando frases das Sagradas Escrituras: era estrangeiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes.

O Papa recordou que “A crise econômica, os conflitos armados e as mudanças climáticas obrigam tantas pessoas a emigrar. Todavia, as migrações não são um fenômeno novo, mas pertencem à história da humanidade. É falta de memória histórica pensar que são características dos nossos anos”.
Para ilustrar sua afirmação ele citou episódios bíblicos, como o de Abraão, do povo de Israel e da própria família de Jesus:

“A história da humanidade é história de migrações: em todas as latitudes, não há povo que não tenha conhecido o fenômeno migratório. “

Fechamento e acolhimento

Para o Pontífice, o contexto de crise econômica em nossos dias favorece atitudes de fechamento e não de acolhimento.
Em algumas partes do mundo, surgem muros e barreiras. O instinto egoísta ofusca o trabalho de quem se esforça em assistir os migrantes. Mas, isto não soluciona nada.
A única via de solução é a da solidariedade cristã, a via das obras de misericórdia. Para o que os católicos são instados a agir.

“É um compromisso que envolve todo mundo, ninguém está excluído. As dioceses, as paróquias, os institutos de vida consagrada, as associações e os movimentos são chamados a acolher os irmãos e as irmãs que fogem da guerra, da fome, da violência e de condições de vida desumanas. Todos juntos somos uma grande força de amparo para quem perdeu a pátria, a família, o trabalho e a dignidade”, disse Francisco.

Vestir os nus: uma forma de restituir a dignidade

O Papa Francisco ainda comentou a outra obra corporal de misericórdia a que havia proposta comentar: vestir os nus.

“Do que se trata (com esta obra de misericórdia) senão restituir a dignidade a quem a perdeu?”.

“Pensemos também nas mulheres vítimas do tráfico lançadas nas ruas ou a outros, demasiados modos de usar o corpo humano como mercadoria, até mesmo de crianças e adolescentes. Do mesmo modo, não ter um trabalho, uma casa, um salário justo, ou ser discriminado pela raça ou pela fé são todas formas de “nudez” diante das quais, como cristãos, somos chamados a estar atentos e prontos à ação.

Exortação final

“Queridos irmãos e irmãs, não caiamos na armadilha de nos fecharmos em nós mesmos, indiferentes às necessidades dos irmãos e preocupados somente com os nossos interesses. É precisamente na medida em que nos abrimos aos outros que a vida se torna fecunda, as sociedades reconquistam a paz e as pessoas recuperam sua plena dignidade”. (JSG)

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