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Médicos católicos rejeitam “prática atentatória à vida humana”

Lisboa – Portugal (Quinta-feira, 03-11-2016, Gaudium Press) A discussão sobre a legalização da eutanásia é um sinal de “uma perda de sentido da vida humana”.

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Foi como classificou esta discussão a Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) unindo-se à posição recente do Presidente da Ordem dos Médicos.

Para a AMCP, de acordo com um comunicado distribuído à imprensa, “a sociedade civil não pode nem deve contribuir para que, em nome de uma ilusória autonomia e de uma distorcida noção de liberdade (que abre caminho ao individualismo egoísta e à indiferença para com os outros) seja tornado lícito o que é ilícito, instaurando uma autêntica cultura da morte”.

Eutanásia não é mais que tirar a vida

Em outubro, o atual Presidente da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva e vários de seus antecessores no cargo, assinaram uma carta onde realçam que a eutanásia “não é mais do que tirar a vida”.

“O médico que as pratique nega o essencial da sua profissão, tornando-se causa da maior insegurança nos doentes e gerador de mortes inaceitáveis”, escreveram, naquela altura os signatários do documento.

Reação dos Médicos Católicos

A reação dos médicos surgiu depois do primeiro caso de eutanásia infantil na Bélgica, onde esta prática não tem limite de idade e depois de ter sido levada ao Parlamento uma petição pelo “direito a morrer com dignidade”.

Os médicos católicos unem sua voz à Ordem dos Médicos “no repúdio da prática da eutanásia”.

Para eles está prática é “atentatória à dignidade da vida humana e, por consequência, da dignidade da ação médica”, justamente naquela que é a missão “de cuidar da saúde das pessoas” e zelar por “uma autêntica cultura da vida”.

Cultura da vida x cultura da morte

Diz a nota distribuída pela AMCP que “os Médicos, no cumprimento dos princípios da Ética, consignados em todos os Códigos de Ética Médica, nomeadamente no seu Código Deontológico, não podem nem devem ir contra aquilo que é o essencial da sua profissão”.

Para os médicos católicos portugueses, “qualquer lei que, em vez de se orientar no sentido da prestação de bons cuidados de saúde a todos os cidadãos, atentasse, de qualquer forma, contra a vida levaria o Estado a eliminar a defesa e a proteção das pessoas”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações ECCLESIA)

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