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O que é ser "católico", por Dom Dimas Lara Barbosa

Campo Grande – Mato Grosso do Sul (Quarta-feira, 16-11-2016, Gaudium PressA Arquidiocese de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, publicou recentemente em seu site uma carta escrita pelo Arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa, na qual o prelado descreve algumas orientações sobre o uso do termo “católico”.

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No texto, Dom Dimas faz uma breve apresentação sobre a compreensão que a Igreja Católica Apostólica Romana tem de sua própria identidade e missão. “Para isso, convém logo lembrar que faz parte de nosso Credo a seguinte profissão de Fé: ‘Creio na Igreja una, santa, católica e Apostólica’. Sobre ela muito se poderia dizer. Detenho-me apenas diante da compreensão que temos da catolicidade da Igreja”.

“O termo ‘católico’ (do grego KaeoÅlKÓÇ) significa universal. A Igreja é católica porque nela se encontra ‘a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça’. Nela estão presentes integralmente todos os meios necessários para a salvação. E é de Cristo que a Igreja recebe essa plenitude, ou seja, a confissão da Fé verdadeira e completa, a vida sacramental integral e o ministério ordenado na sucessão dos apóstolos”, explica o arcebispo.

Segundo Dom Dimas, a Igreja é católica pelo fato de ser “enviada à universalidade do gênero humano. Todos os povos são chamados a construir o novo povo de Deus. Este povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os tempos, uma vez que, no início, Deus formou uma só natureza humana e quis congregar seus filhos que estavam dispersos. Esse caráter de universalidade que marca o Povo de Deus é um dom do próprio Senhor, pelo qual a Igreja Católica tende a reconduzir toda a humanidade com todos os seus bens ao Cristo Senhor, na unidade de seu Espírito”.

“Ser católico significa, em primeiro lugar, estar unido a Cristo: ‘Porque sem mim, nada podeis fazer’ (Jo 15,5). A Igreja é um corpo, do qual Cristo é a cabeça (Rm 12,5; Cl 1,18). Separar-se da cabeça seria passar da vida para a morte. Por outro lado, existe entre o corpo e a cabeça uma unidade indissolúvel, de modo que estar unido à cabeça e não pertencer ao corpo seria uma incoerência muito grande”.

A Igreja, prossegue, “é uma realidade espiritual e, portanto, invisível; mas ela tem, também, elementos visíveis. Antes de ser uma instituição, a Igreja é um mistério. Ela ‘é ao mesmo tempo visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério'”.

Enquanto realidade espiritual, bem como visível, “a Igreja está presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis unidas a seu Papa. ‘Nelas os fiéis se reúnem pela nelas se celebra o mistério da Ceia do embora muitas vezes pequenas e pobres, presente Cristo, por cuja virtude se constitui a Igreja una, santa, católica, apostólica'”.

Ainda conforme o Arcebispo de Campo Grande, “o critério para saber se uma Igreja particular ou diocese pertence à Igreja Católica Apostólica Romana é o fato de seu Bispo estar em comunhão com o Bispo de Roma, o Papa, sucessor de São Pedro. De fato, Jesus prometeu: ‘eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus’ (Mt 16,18-19). E nós cremos que essa assistência especial prometida a Pedro não terminou com ele, mas continua com seu sucessor, o Papa”.

“Somente a Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu como pedra em sua Igreja, mas também aos demais Apóstolos, unidos a Pedro, deu o ofício pastoral de ligar e desligar: ‘Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu’ (Mt 18,18). ‘Este ofício pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte do fundamento da Igreja e é continuado pelos Bispos sob o primado do Papa'”, acrescenta.

Para ler o documento completo, clique aqui.

(LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de Campo Grande

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