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Dom Edney: votação sobre Zika vírus ameaça “respeito à vida desde a concepção”

Nova Friburgo – Rio de Janeiro (Quarta-feira, 07-12-2016, Gaudium Press) Na quarta-feira, 7 de dezembro – véspera da festa da Imaculada Conceição-, o Supremo Tribunal Federal (STF) votará sobre o aborto no caso de grávidas infectadas pelo vírus da zika, após ter afirmado na última semana que aborto até três meses de gestação não é crime. Neste cenário, o Bispo de Nova Friburgo (RJ), Dom Edney Gouvêa Mattoso, alertou que “vemos em tela de discussão o fundamento deste singular privilégio mariano, que é o respeito à vida humana desde a sua concepção”.

O Bispo de Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, Dom Edney Gouvêa Mattoso publicou no site da Diocese, o artigo “Imaculada desde a sua concepção”.

Neste artigo Dom Edney ressalta a Imaculada Conceição de Maria: “desde o primeiro instante de sua vida (na sua concepção) Nossa Senhora foi isenta da culpa do pecado original, em previsão dos méritos de Jesus Cristo”.

Na véspera da celebração desta grande solenidade mariana, o Bispo de Nova Friburgo, analisando a realidade brasileira, adverte que, “num mundo onde o ser humano é cada vez mais manipulado e instrumentalizado, quer-se a todo custo descriminalizar o aborto, crime que clama aos Céus por suprimir o direito à vida nos mais frágeis momentos de sua existência”.

Para que se desenvolvam, todas as formas de vida são necessárias condições favoráveis e suprimir estas condições “caracterizaria uma agressão no plano natural”, recorda o Prelado.

Barbárie

Caminhando nesse sentido, ele desenvolve seu pensamento para chegar a conclusões que têm sido colocadas meio de quarentena em nossos dias: “quando se trata do ser humano, mais do que uma agressão no plano natural é um crime, que, no caso da vida ainda em fase embrionária, assume contornos de verdadeira barbárie, praticada intencionalmente por seres racionais contra os mais indefesos de todos os Filhos de Deus e pior ainda, sob o amparo da lei e o consentimento dos próprios genitores”.

Carência de fundamento científico, filosófico e jurídico

Dom Edney destaca e analisa o fato acontecido no último 29 de novembro: ministros da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal afirmaram que o aborto até o terceiro mês de gestação não é crime. Eles analisavam o pedido de habeas corpus de cinco funcionários de uma clínica clandestina de aborto de Duque de Caxias (RJ).

Para o Bispo de Nova Friburgo, este entendimento do STF “carece de fundamento científico, filosófico e jurídico, pois uma lei que permita o aborto não é um direito e sim um ato de injustiça, pois um direito que desampara a vida humana se põe em questão a si mesmo”.

Imitação Servil

“O fato de que outros nove países tenham descriminalizado o aborto nas mesmas condições, como citou o ministro Luís Roberto Barroso em seu voto, não justifica e nem muda a verdade em questão”, ainda acrescenta o Bispo.

Zika vírus

Dom Edney fala da votação que acontece nesta quarta-feira, dia 7 de dezembro que decide “sobre a despenalização do aborto em mulheres que contraíram o Zika vírus”:

“Fiquemos atentos, recomenda ele, pois não julgarão somente a situação do aborto de crianças com microcefalia. Bastará que a gestante tenha contraído o vírus e manifeste o desejo de não prosseguir com a gravidez sob o argumento de trauma de incerteza (data vênia, nem todos os bebês das gestantes com Zika nascem com microcefalia)”.

Futuro incerto e obscuro

“Quanto é incerto e obscuro o futuro de uma nação que decide a justiça baseada na opinião de alguns e em discursos emocionados e falaciosos. Que Deus nos perdoe e proteja deste eclipse do sentido da vida!”. São palavras do Bispo de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso ao concluir seu pensamento. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Diocese Nova Friburgo)

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