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Papa: afeto, oração, lágrimas pelos mártires de hoje

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 27-12-2016, Gaudium Press) Por ocasião da festa do protomártir Santo Estevão, o Papa Francisco rezou o Angelus na Praça São Pedro quando teve oportunidade de proferir uma alocução aos fiéis ali presentes. Na ocasião o Papa afirmou:

“O mundo odeia os cristãos, pela mesma razão pela qual odiava Jesus, porque Ele trouxe a luz de Deus e o mundo prefere as trevas para esconder as suas más obras”.

Mentalidades opostas

Entre a mentalidade do Evangelho e a mentalidade mundana existe uma oposição desde sempre. E hoje em dia não é diferente: seguir Jesus significa seguir a sua luz, que se acendeu na noite de Natal, e abandonar as trevas do mundo.

Francisco continuou suas palavras afirmando que a alegria do Natal enche também hoje os nossos corações, enquanto a liturgia nos faz celebrar o martírio de Santo Estevão, o primeiro mártir, convidando-nos a recolher o testemunho que através do seu sacrifício, ele nos deixou. É o testemunho glorioso do martírio cristão, sofrido por amor a Jesus Cristo.

Disse o Papa: “O protomártir Estevão, cheio do Espírito Santo, foi apedrejado porque confessou sua fé em Jesus Cristo, Filho de Deus. O unigênito que vem ao mundo convida cada fiel a escolher o caminho da luz e da vida. Este é o significado profundo da sua vinda entre nós. Amando o Senhor e obedecendo à sua voz, o diácono Estevão escolheu Cristo, Vida e Luz para cada homem. Ao escolher a verdade, ele se tornou ao mesmo tempo vítima do mistério do mal presente no mundo. Mas Estevão em Cristo venceu!”

Afeto, orações, lágrimas

O Santo Padre recordou que também hoje, como no tempo de Santo Estevão, para que a Igreja possa dar testemunho da luz e da verdade, tem que passar por perseguições que, muitas vezes, por ódio à Fé, conduzem católicos ao martírio, ao derramamento do próprio sangue por ódio à Fé.

“Quantos nossos irmãos e irmãs na fé sofrem abusos, violências e são odiados por causa de Jesus! Hoje queremos pensar neles e estar perto deles com o nosso afeto, a nossa oração e também com as nossas lágrimas. Digo a vocês uma coisa: os mártires de hoje são mais numerosos em relação aos mártires dos primeiros séculos”, acrescentou o Papa.

Alegre e corajosa vontade de seguir Jesus

O Papa recordou os cristãos perseguidos no Iraque que celebraram o Natal na sua Catedral destruída: um exemplo de fidelidade ao Evangelho.

“Eles testemunham com coragem a sua fidelidade a Cristo”, afirmou o Pontífice.

Continuando a falar dos cristãos perseguidos o Papa fez uma exortação, antes de encerrar sua reflexão.

“Ao fazer espaço dentro do nosso coração ao Filho de Deus que Se doa a nós no Natal, renovamos a alegre e corajosa vontade de segui-Lo fielmente como o único guia, perseverando em viver de acordo com a mentalidade evangélica e recusando a mentalidade dos dominadores deste mundo.”

Antes de dar a Bênção Apostólica aos presentes, o Papa Francisco rezou pedindo à Virgem Maria, Mãe de Deus e Rainha dos Mártires, para que nos guie e sempre nos sustente em nosso caminho no seguimento de Jesus Cristo, que contemplamos na gruta do presépio. (JSG)

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