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A Catedral de Santa Marta, na Colômbia, mãe da Fé da América do Sul

Redação (Quarta-feira, 11-01-2017, Gaudium Press) Santa Marta é a cidade mais antiga da Colômbia: é o primeiro assentamento espanhol no país andino. Capital do departamento de Madalena, se localiza na baía do mesmo nome, e isto porque, ainda que fundada em 1525 por Rodrigo de Bastidas, o mesmo conquistador já havia percorrido suas costas entre 1500 e 1502, e muito provavelmente nessas viagens lhe havia posto o nome de Santa Marta à bela baía. O certo é que antes da fundação da cidade, a essas terras já as conhecia pelo nome da Irmã da Madalena.

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Mais além, a fundação da cidade se fez no dia 29 de julho de 1525, dia de Santa Marta. À Santa Marta também está consagrada a Catedral, considerada a mãe de todas as catedrais da América do Sul. ‘Omnium Colombianae Diatonis Ecclesiarum Mater’, se lê no pórtico da entrada: Mãe de todas as igrejas da Colômbia. Mas como foi através de Santa Marta que entrou a Fé a este subcontinente, ela pode ser considerada mãe da Fé desses povos.

De fato Santa Marta é a primeira jurisdição eclesiástica da América do Sul, mas antes da igreja desta jurisdição, se começaram a construir as igrejas de São Domingo. Preside o altar maior uma imagem de Santa Marta, preciosa. Há outra da mesma Santa guardada na Catedral, que sai em procissão na Sexta-feira Santa, de madeira policromada, a qual a piedade popular lhe pôs o nome de “la cachaca”, pois tem as bochechas avermelhadas como os ‘cachacos’, os habitantes do interior da Colômbia.

Realmente, a construção atual data do século XVIII; entretanto junto a Rodrigo de Bastidas chegaram dois religiosos mercedários que rapidamente construíram uma capelinha com os pobres materiais disponíveis, capelinha que depois daria origem à Catedral. Entre essas primeiras construções e o edifício atual, mediaram incêndios, ataques de piratas (se afirma que entre 1543 e 1712 houve 20 ataques de piratas ingleses, franceses e holandeses), e um terremoto. Até que no ano de 1766, sendo Bispo da cidade Dom Nicolás Martínez Malo, e governador Andrés Pérez, se começou a construir a sede episcopal distanciada do mar para evitar um ataque frontal de piratas, e assim perdurar mais no tempo.

Não foi esta Catedral construída como fortaleza, como o foi a de Santo Domingo em Cartagena das Índias, que se encontra a um tiro de canhão. Quando a igreja matriz de Santa Marta se encontrava próxima da costa, suas torres estavam salpicadas de canhões… Mas é esta, a atual Catedral em estilo neoclássico, a que já teme menos as embarcações piratas, a que chega até nossos dias, albergando em seu seio os restos daquele que começou sua história, Dom Rodrigo de Bastidas.

Por Saúl Castiblanco

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

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