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Papa Francisco, no Angelus: Converter-se é mudar de atitudes

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 23-01-2017, Gaudium Press) Na Alocução que acontece antes da oração do Angelus, na Audiência Geral dos Domingos, o Papa Francisco, diante de uma Praça de São Pedro repleta de fiéis, comentou a passagem do Evangelho sobre o início da pregação de Jesus na Galileia e o chamado dos primeiros apóstolos.

“Nós, cristãos de hoje, temos a alegria de proclamar e testemunhar a nossa fé, porque houve aquele primeiro anúncio, porque houve aqueles homens humildes e corajosos que responderam generosamente ao chamado de Jesus”, disse o Papa em um trecho de sua alocução.

O Papa explicou que “O Evangelho deste domingo narra o início da pregação de Jesus na Galileia. Ele deixa Nazaré, um vilarejo nas montanhas, e se estabelece em Cafarnaum, um importante centro à margem do lago, habitado principalmente por pagãos. (…) Esta escolha significa que os destinatários de sua pregação não são apenas seus compatriotas, mas todos aqueles que chegam à cosmopolita “Galileia das nações”. “

Aquela terra está numa periferia, geograficamente falando e era considerada religiosamente impura, por causa da mistura com aqueles que não pertenciam a Israel, recordou o Papa que, naquela época, não se esperava grandes coisas daquele lugar.
Ele lembrou, porém que foi dali que se espalhou a “luz” sobre a qual ele havia comentado em domingos anteriores: a luz de Cristo.

Converter-se: mudar as atitudes

Para Francisco, a mensagem de Jesus espelha a mensagem de João Batista ao anunciar o “reino dos céus”. Um reino que não é a instituição de um novo poder político, mas o cumprimento da aliança entre Deus e seu povo, a inauguração de uma época de paz e justiça.
Para que isto aconteça, disse o Pontífice, cada um é chamado a converter-se, transformando sua maneira de pensar e de viver. Não se trata de mudar as roupas, mas as atitudes!

Eu vos farei pescadores de homens

As primeiras saídas missionárias de Jesus ocorrem nas margens do lago da Galileia, em contato com a multidão, especialmente com os pescadores. É lá que Jesus proclama a vinda do reino de Deus; é lá que ele procura seus discípulos, que o acompanhariam em sua missão de salvação.
Foi neste mesmo lugar que Ele encontrou os irmãos Simão e André, Tiago e João e os chamou: “Sigam-me, eu vos farei pescadores de homens”. E ele os chamou enquanto eles estavam exercendo suas atividades diárias. “Ele não espera as pessoas, mas se move ao encontro delas”. O chamado é extraordinário, porém não foi realizado de modo sensacional, mas dentro da quotidianidade da vida que levavam: “No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram”, esta foi a resposta deles, recorda o Papa.

O legado do chamado e da aceitação

Para Francisco, o legado desse chamado e dessa aceitação, séculos depois, pode ser usufruído por todos nós:
“Nós, os cristãos de hoje, temos a alegria de proclamar e testemunhar a nossa fé porque houve aquele primeiro anúncio, porque houve aqueles homens humildes e corajosos que responderam generosamente ao chamado de Jesus”.

E o Papa tirou uma lição de tudo isso:
“Às margens do lago, em uma terra impensável, nasceu a primeira comunidade de discípulos de Cristo. A consciência destes princípios inspire em nós o desejo de levar a palavra, o amor e a ternura de Jesus em todos os contextos, até mesmo ao mais impermeável e resistente. Todos os espaços da vida humana são terreno onde lançar as sementes do Evangelho, para dar frutos de salvação”.

Mas, Francisco ainda fez um pedido final em sua conclusão:
Que a Virgem Maria nos ajude com a sua intercessão materna a responder com alegria ao chamado de Jesus e nos coloque a serviço do Reino de Deus.
E, em seguida, concedeu a todos a sua Benção Apostólica. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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