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Em entrevista, Secretário-geral da CNBB analisa a população católica no país

Redação (Quarta-feira, 01-02-2017, Gaudium Press) Em uma pesquisa realizada nesses últimos tempos, o Instituto Datafolha constatou que até este ano, 50% da população brasileira se autodeclarava católica. A margem de erro deste levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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Esses números ainda evidenciaram um outro fator: a quantidade de pessoas que declaram não ter religião mais que dobrou, passando de 6% para 14%.

A pesquisa, feita por telefone com perguntas não divulgadas à público, ouviu cerca de 3 mil brasileiros maiores de 16 anos que foram selecionados por sorteio aleatório em amostragem representativa da população. O levantamento foi feito em 174 municípios.

Embora a pesquisa aponte esses resultados, o Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, bispo auxiliar de Brasília, acredita que a Igreja não deve se preocupar exclusivamente com a questão dos números, uma vez que o mais importante é manter o foco no modo de evangelizar.

“O que preocupa não é a diminuição de números. O que tem preocupado a Conferência nos últimos oito anos é a necessidade de nós vermos o nosso modo de evangelização. Nossa Igreja é muito mais missionária hoje, os leigos estão muito mais engajados (…) É uma alegria ver como os leigos participam hoje ativamente da evangelização, indo de casa em casa, senso testemunhas; os jovens hoje saindo muito mais que no passado, encontrando o povo de rua, buscando outras realidades aonde levar apoio (…)”, destacou.

Um outro fator positivo listado por Dom Steiner, entrevistado pela Rádio Vaticano, é o aumento do número de adultos que vem buscando a Igreja Católica. A exemplo disso, Brasília registrou um dado interessante: mais de 30 adultos foram crismados. Desse número, mais da metade recebeu pela primeira vez a Eucaristia.

Ainda na entrevista, o Secretário-geral da CNBB não escondeu sua preocupação quanto aos fiéis que peregrinam por “igrejas” que não são consideradas templos de Deus pelo fato de não terem uma vida comunitária e espaços destinados ao socorro dos mais pobres.

“São Paulo tem uma expressão muito bonita que diz: ‘Nós fomos revestidos de Cristo’. É verdade, todo batizado é revestido de Cristo. Mas ele vai sendo revestido de Cristo. Nós, como Igreja, ajudamos esta pessoa a se revestir de Cristo, a se fazer Cristo”, acrescentou. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano

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