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Bispo de Fátima denuncia “eutanásia cultural”

Fátima – Portugal (Sexta-feira, 03-02-2017, Gaudium Press) A celebração Eucarística que comemorou o “Dia do Consagrado” no Santuário de Fátima foi presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima Dom Antônio Marto e contou com a presença de centenas de consagrados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

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Em sua homilia, o bispo da diocesano apelou para que os consagrados oferecessem aos fiéis seu testemunho.

Para Dom Antônio Marto, “Este testemunho torna-se cada vez mais premente e atual, sobretudo no momento em que a vida humana é atingida pela fragilidade e cuja dignidade hoje é posta em causa através da reivindicação da Eutanásia”.

Eutanásia Cultural

Foi ainda durante sua homilia que D. António Marto denunciou aquilo que ele denominou como a “eutanásia cultural” que leva a uma cultura do descarte. Ele apelou, então para o testemunho dos consagrados na luta em prol da dignidade da vida humana: “Todos têm direito a uma morte digna, mas que não se mate ninguém”, afirmou.

Para o também vice-presidente Conferência dos Bispos Portugueses, a reivindicação da eutanásia surge do “isolamento, da solidão” a que são colocados aqueles que já não servem à sociedade. Por isso, disse ele, “a alternativa à reivindicação da eutanásia são os cuidados paliativos, no sentido mais abrangente da palavra”:

“É preciso resistir a uma mentalidade que se vai generalizando que se poderia chamar de eutanásia cultural, antes da eutanásia física, existe uma eutanásia cultural de quem conduz ao isolamento, à solidão, ao abandono, ao descarte as pessoas frágeis pelo sofrimento ou pelos limites da idade, levando-os a considerar como um peso, um fardo intolerável para a sociedade”, salientou.

Apresentação do Senhor: Festa do Encontro

O bispo de Leiria-Fátima, ainda em sua homilia, afirmou que a Festa da Apresentação do Senhor “é a festa do encontro” e convidou os peregrinos a olharem para a vida consagrada como “um encontro com Cristo”:

“Também nós podemos olhar para a vida consagrada como um encontro com Cristo, encontro especial com Cristo de tal maneira que cada consagrado/a é verdadeiramente homem/mulher do encontro com Cristo”, sublinhou.

O prelado diocesano desafiou os consagrados a saírem “da passividade da autossatisfação de quem vive contente no seu recinto de conforto, na sua casa, na sua comunidade. Sair do desalento, face à crise do mundo para O testemunhar com alegria e entusiasmo”. Quem faz a experiência do encontro com Cristo não a pode guardar isso só para si, disse.

A Alegria de um dos Mistérios Gozosos

A dimensão da alegria presente na celebração da festividade que se comemorava foi salientou várias vezes durante a homilia do prelado.

“A Apresentação do Senhor é um dos mistérios gozosos do terço. Gozosos quer dizer de alegria, de gozo, de fé. É uma festa cheia de ternura, de encanto, de beleza e de alegria”, destacou.

O prelado assinalou os anciãos Simeão e Ana como os representantes do povo fiel a Deus que encontrando em Jesus o consolador, não contiveram a sua alegria e a levaram a todos.

“É esta alegria que nós somos convidados a experimentar, a viver, a celebrar, a cantar e a levar conosco. “

2 de fevereiro – Festa da Apresentação do Senhor – Dia da Vida Consagrada

No dia 2 de fevereiro a Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor. Esta data foi escolhida para ser o Dia da Vida Consagrada.

A comemoração foi instituída oficialmente pelo Papa João Paulo II, no ano de 1997. Na sua mensagem para a celebração do primeiro dia da Vida Consagrada, o Papa dizia: “Já faz algumas décadas que, na Igreja de Roma e em outras Dioceses, a festividade do dia 2 de fevereiro reúne quase espontaneamente numerosos membros de Institutos de Vida Consagrada e de Sociedades de Vida Apostólica ao redor do Papa e dos pastores diocesanos, para manifestar em conjunto, em comunhão com o inteiro povo de Deus, o dom e o compromisso do próprio chamado, a variedade dos carismas da vida consagrada e a sua peculiar presença no âmbito da comunidade dos que crêem.”

Foi nesta mesma mensagem que o Pontífice expressou o que almejava com esta comemoração:

“Desejo que essa experiência se estenda a toda a Igreja, de modo que a celebração do Dia da Vida consagrada reúna as pessoas consagradas, juntamente com os outros fiéis, para cantar com a Virgem Maria as maravilhas que o Senhor realiza em tantos seus filhos e filhas, e para manifestar a todos que a condição de «povo a Ele consagrado» (Dt. 28, 9) é a condição de todos que foram remidos por Cristo. ” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com Sala de Imprensa Santuário de Fátima)

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