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Nova Carta dos Agentes de Saúde traz orientações contra eutanásia

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 07-02-2017, Gaudium Press) A “Nova Carta dos Agentes de Saúde’ que foi apresentada na segunda-feira em uma conferência de imprensa na Sala Stampa, no Vaticano, reafirma a posição da Igreja contra a eutanásia. Traz outras orientações e entre elas uma dedicada ao tema ‘morrer’, onde trata de atitudes diante do doente em fase terminal.

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A Nova Carta está sendo divulgada aos agentes pastorais da saúde tendo em vista o Dia Mundial do Doente 2017 (11 de fevereiro).

O documento oriundo do Dicastério Para Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, rejeita práticas como o diagnóstico genético pré-implantação, aborto ou experiências com menores ou adultos incapazes de decidir sobre as mesmas.

O texto aborda o tema da alimentação e hidratação artificial, consideradas como “cuidados básicos devidos” aos doentes, bem como a da sedação paliativa nas fases mais próximas da morte, que a doutrina católica aceita, “segundo os corretos protocolos éticos”.

Dia Mundial do Doente

Pela terceira vez o Dia Mundial do Doente será realizado em Lourdes, na França. Ele foi instituído 25 anos atrás pelo Papa São João Paulo II e é celebrado todos os anos no dia 11 de fevereiro.

Na edição de 2017 o tema que orientará a comemoração será: “Admiração pelo que Deus faz: o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas”.

O evento estará sob a presidência do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, que ali estará presente como enviado especial do Papa Francisco.

Na mensagem que o Papa enviou ao legado pontifício, em latim, o Papa apelou ao cuidado integral da pessoa, “alma, mente e corpo”.

Conferência de Imprensa

Na conferência de Imprensa, Dom Musivi Mupendawatu, secretário do dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral -órgão da Santa Sé promotor do Dia do Doente- foi porta-voz do prefeito, Cardeal Peter Turkson, ausente no encontro por motivo de saúde.

Dom Mupendawatu ressaltou que a comemoração “É um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento para o bem da Igreja e um momento de convite a todos a reconhecer o Rosto de Cristo no rosto do irmão enfermo.”

Durante o encontro com jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, informou que a Nova Carta dos agentes de saúde é dirigida não somente aos profissionais da assistência, a médicos, enfermeiros e auxiliares, mas também a pesquisadores, farmacêuticos, administradores, legisladores que trabalham no campo da saúde.

O professor ordinário de Bioética da Universidade Católica de Roma, Antonio Gioacchino Spagnoli, um dos especialistas que renovaram o documento, explicou que a Nova Carta dos agentes de saúde é uma base comum para todos:
“Todos se colocam no espírito originário da confiança que encontra a consciência.”

A Nova Carta

A Carta divide-se em três sessões dedicadas a “Gerar”, “Viver”, “Morrer”. O subsídio traz várias novidades levando em consideração a pesquisa científica e os progressos para a saúde humana. Ela lança um alerta para as práticas banidas como o aborto, diagnóstico pré-implantação sinal da mentalidade eugenética e a experimentação sobre menores e adultos incapazes de decidir.

Não se tem a pretensão de ter abordado tudo, concluiu o docente:

“Certamente a Carta não esgota os problemas que podem ser encontrados, mas foi realizada justamente para oferecer uma linha-mestra a mais clara possível para os problemas éticos que devem ser enfrentados no mundo da saúde, em harmonia com os ensinamentos de Cristo e do Magistério da Igreja.” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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