Vietnã: Igreja recorda “martírio incruento” do missionário Pe. Malo
Hanói – Vietnã (Quarta-feira, 22-02-2017, Gauidium Press) O Pe. Jean Baptiste Malo, foi recordado e homenageado recentemente em V?nh Hôi.
Padre Malo foi missionário no Vietnã, na paróquia do bairro Ngan Sal, Diocese de Vinh. Ele foi vítima da perseguição comunista e sofreu um longo e dolorido martírio de alma: um “martírio incruento”.
O que se poderia chamar de dístico dele, era: “O amor jamais é derrotado” e “nos leva sempre à vitória: ama Deus, a Ásia, ama o teu próximo”. E ele assim viveu, foi mártir, mas não foi derrotado.
O bispo de Vinh, Dom Paul Nguyên Thái Hop foi quem presidiu a celebração da qual participou o bispo auxiliar, Dom Pierre Nguyên V?n Viên. Ainda participaram quase cem sacerdotes e milhares de leigos.
Na assembleia estiveram representadas a embaixada da França e a Postulação para a beatificação de Pe. Jean Baptiste Malo.
Núncio Apostólico
O núncio apostólico no Vietnã, Dom Leopoldo Girelli, que é núncio não-residente, encontrava-se presente na celebração. Estava presente, mas não pode celebrar a missa: ele foi proibido de celebrar pelas “autoridades” vietnamitas…
Numa carta deixada por Dom Girelli para o povo de Deus, referindo-se à circunstância festiva, o Núncio afirmou: “hoje é uma ocasião realmente especial, muito importante e quis muito estar aqui para rezar com vocês. Infelizmente, foi-me proibido pelas ‘autoridades’, mesmo estando no momento na Diocese de Vinh”.
Padre Malo
Na carta deixada para os fiéis, Dom Girelli falou sobre o missionário:
“Padre Malo era das Missões Exteriores de Paris, um cidadão da nobre França e um amado filho da Igreja católica francesa. “
Ele “Amava muito a Ásia, continua o Núncio. Tinha deixado seu país para ir à China, onde foram transcorridos 18 anos nos quais anunciou o Evangelho de Jesus Cristo e ajudou os pobres. “
Dom Girelli istoriou que “Quando expulso da China não deixou o continente asiático, transferindo-se para Laos, onde viveu por dezesseis meses em circunstâncias extremamente difíceis. Pe. Malo sempre amou a Ásia e as terras da Indochina. “
Ele era um missionário, um mensageiro de Jesus Cristo. Como todos os outros mensageiros, sempre teve uma vida nômade em função da evangelização. É significativo que tenha morrido na estrada vítima de esgotamento durante a trágica viagem rumo à Diocese de Vinh.
Para Dom Leopoldo Girelli, Padre Malo “morreu de esgotamento físico. Sua morte não foi causada por um ato de violência. Não derramou o sangue como tantos outros mártires, mas não tinha mais sangue em seu sistema circulatório: podemos dizer que seu martírio foi um ‘martírio incruento'”.
Exemplo no seguir a vontade de Deus
O Núncio ainda ressaltou mais valores da vida de Padre Malo: “Seu amor pela Ásia, as viagens missionárias e o martírio de Pe. Malo deixaram-nos um exemplo de seguimento da vontade de Deus e de força da fé para testemunhar Jesus Cristo e os valores cristãos na difícil situação da sociedade de hoje”.
Vietnã nos planos de Deus
“Deus tem um plano para a Igreja no Vietnã, mas precisa de colaboração.
O futuro da Igreja no Vietnã depende de vocês e da fé de vocês. Sei que vocês estão enfrentando muitos desafios. A fidelidade de vocês aos princípios cristãos é desafiada de muitos modos, inclusive pelos processos de secularização e pelos limites à própria liberdade religiosa.
Para encerrar, relembrando o Padre Malo, o Núncio Apostólico deixou escrito na carta dirigida aos fiéis: “o amor traz sempre a vitória para nós”, e ainda acrescentou que esta “é a realidade necessária para construir nosso futuro num clima de paz”. (JSG)
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