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"Tratamento digital" usado para fotografar Capela Sistina facilita restaurações futuras

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 03-03-2017, Gaudium Press) A última vez que a Capela Sistina foi fotografada em seus mínimos detalhes a fotografia digital ainda estava em seu começo.

Tratamento digital usado para fotografar Capela Sistina facilita restaurações futuras.jpgAgora, depois de décadas e de avanços tecnológicos que nem se pensava ser possível, a famosa Capela voltou a ser inteiramente fotografada.

Por cinco anos o projeto de fotografá-la novamente produziu um total de 270.000 frames que mostram os afrescos de Michelangelo e outros mestres, em detalhes impressionantes.

Entre as muitas utilidades que esses milhares de fotografias poderão ter, destaca-se o fato de que, “No futuro, isso vai nos permitir conhecer o estado de cada centímetro da capela, como é hoje, em 2017”, o que poderá ajudar nas possíveis restaurações futuras, disse Antônio Paolucci, ex-Diretor dos Museus Vaticanos e especialista de renome mundial.

Execução do Projeto

Michelangelo terminou a pintura do teto da Capela em 1512 e o enorme painel do “Juízo Final” por trás do altar foi pintado entre 1535 e 1541.

A última vez que todos os afrescos da Capela Sistina foram fotografados foi entre 1980 e 1994, durante um projeto de restauração, que os limpou pela primeira vez em vários séculos.

As fotos agora tiradas foram incluídas em um novo conjunto de três volumes, de 870 páginas, limitado a 1.999 cópias destinadas a bibliotecas e colecionadores.

Os fotógrafos trabalharam durante 65 noites, das 19 horas às 2 da manhã, período em que a Capela Sistina é fechada aos visitantes.

Até ser revelado na noite de sexta-feira, 24/02, o projeto era conhecido por bem poucas pessoas.

O trabalho fotográfico foi realizado em toda a Capela, incluindo o mosaico do piso e os afrescos do século XV.

“Nós usamos um software especial de pós-produção para obter a profundidade, intensidade, calor e nuance de cores com uma precisão de 99,9 por cento”, informou Giorgio Armaroli, diretor da empresa que realizou o trabalho.

Para Armaroli, “Futuros restauradores usarão estas fotos como padrão”.

As pinceladas do artista são claramente visíveis como também as “bordas” que delineiam seções, conhecidas como “giornate”, ou dias.

Todo o resultado deste trabalho foi armazenado nos servidores do Vaticano. Eles ocupam a impressionante cifra de 30 terabytes de informações. (JSG)

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