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Bolívia: Bispos denunciam proposta de lei contra a vida

La Paz – Bolívia (Sexta-feira, 17-03-2017, Gaudium Press) Estamos diante de uma proposta que ameaça seriamente o direito à vida e introduz uma colonização ideológica real.

Assim foi como os Bispos bolivianos definiram a proposta de reforma do Código Penal que será submetido a discussão na Assembleia Legislativa Plurinacional, na Bolívia.

No documento difundido pelo episcopado boliviano, os bispos expressam sua preocupação e convida os legisladores e toda a sociedade para defender o direito à vida e a participação ativa no debate público sobre o tema.

Direito à vida e aborto

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“O direito à vida, sobre o qual os outros direitos são fundados, diz respeito a todos os seres humanos, sem distinção. A vida é um dom de Deus e ninguém pode descartá-lo em nenhuma circunstância”, afirma o documento dos prelados.

Em seu pronunciamento, os bispos criticam especificamente, as justificativas para o aborto, tanto durante as primeiras oito semanas de vida, quanto por razões relacionadas a falta de recursos financeiros, ou se a mãe é uma estudante, quando há um risco imediato ou futuro para a vida da mãe, má-formação do feto, a gravidez resultado de estupro, incesto, ou envolvendo uma criança ou adolescente.

Pobreza, aborto e eutanásia

A pobreza não justifica o aborto ou a eutanásia. Segundo os bispos, o texto distorce o sistema de justiça criminal, através da introdução de pobreza como justificativa para crimes como: infanticídio e eutanásia.” Como se, “ser pobre fosse razão suficiente para violar a lei”.

Para os bispos, o texto da proposta de Reforma do Código Penal apresenta ainda uma visão antropológica que “descarta” as crianças vulneráveis ou deficientes e concebe a “violência do triste aborto” como uma solução para os problemas sociais e econômicos. “

Violência contra a mulher

“O aborto, por outro lado, violenta o corpo da mulher, causando consequências psicológicas graves, tais como síndrome pós-aborto, cujas consequências são muitas vezes irreparáveis”, afirmam os bispos bolivianos em seu documento.

E eles continuam suas afirmações, como porta-vozes dos fiéis e da população católica: o Estado deve melhorar a vida da população para favorecer a natalidade. E salientam que, “Como Igreja, não podemos aceitar tudo. O Estado tem obrigação de criar políticas destinadas a melhorar a vidas das pessoas favorecendo a gravidez, combatendo a violência, de modo que a vida em sociedade seja possível para todos. “

Guardar a dignidade de cada pessoa

Os bispos do país latino-americano citam ainda, antes de encerrar seu documento, o apelo lançado pelo Papa aos movimentos populares para que a vida e dignidade de cada pessoa seja sempre guardada, especialmente dos pobres.

O Episcopado ressalta também que a incoerência da proposta de Reforma do Código Penal e a Constituição boliviana que protege todos os direitos humanos, incluindo o direito fundamental à vida, desde a concepção até seu fim natural.

“Cristo veio para que todos tenham vida em abundância”, relembra o texto dos prelados bolivianos. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações FIDES.)

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