Papa foi a Carpi, Itália, abalada pelo terremoto de 2012
Carpi – Itália (Segunda-feira, 03-04-2017, Gaudium Press) O Papa realizou outra Visita Apostólica. Desta vez a visita foi a Carpi, cidade italiana que em 2012 foi assolada por terremotos sendo, então, vitimada por mortes e enormes perdas materiais e também culturais.
As palavras do Papa foram de esperança, de consolo e estímulo. Um incentivo e afirmação de que é preciso estar ao lado de quem sofre sem ceder ao “pessimismo” ou à “lógica do medo”.
“É este o coração de Deus: longe do mal, mas próximo de quem sofre; não faz desaparecer magicamente o mal, mas “com-padece” o sofrimento, fá-lo próprio e transforma-o, morando nele”, foram palavras o Pontífice na homilia da Missa que presidiu na Praça dos Mártires, com a participação de milhares de pessoas.
Catedral restaurada
O altar da celebração foi colocado diante da Catedral de Carpi, recentemente reaberta, após ter sido restaurada dos danos de 2012.
“Há quem fique preso nos escombros da vida e quem, como vós, com a ajuda de Deus, retira os destroços e reconstrói com paciente esperança”, sublinhou Francisco em suas palavras.
E o Papa aproveitou a ocasião para desenvolver a ideia central de sua homilia, falando em particular do episódio evangélico da ressurreição de Lázaro, amigo de Jesus: O “Deus da vida, que vence a morte”.
Choro – esperança – Jesus
Francisco continuou sua homilia recordando que junto a um túmulo fechado, recordou, há só “choro e desolação” e parece tudo perdido, uma imagem da “precariedade” da vida mortal, atravessada pela “angústia da morte”, um mal “antigo e obscuro”.
“Do outro lado está a esperança que vence a morte e o mal, que tem um nome: Jesus. Ele não traz um pouco de bem-estar ou um remédio para prolongar a vida, mas proclama: ‘Eu sou a ressurreição e a vida'”, acrescentou:
Os católicos têm que escolher entre “o lado do túmulo” ou “o lado de Jesus”, entre a tristeza e a vida.
As zonas mortas
A homilia do Santo Padre ainda alertou para as “zonas um pouco mortas” no coração humano, que são como “sepulcros” no interior de cada um, e deixou o desafio de superar a “lógica inútil e inconclusiva do medo”.
“Visitados e libertados por Jesus, peçamos a graça de ser testemunhas de vida neste mundo que tem sede dela, testemunhos que suscitam e voltam a suscitar a esperança de Deus nos corações cansados e sobrecarregados pela tristeza”, concluiu.
A Diocese de Carpi
Carpi situa-se na região italiana da Emília-Romanha. No terremoto de 2012, morreram 26 pessoas e o centro histórico de Mirandola foi destruído.
No final da Missa, após a recitação do ângelus, o Papa abençoou as primeiras de fundamento de vários edifícios: a nova igreja de Santa Ágata de Cibeno em Carpi; a “Cidadela da caridade”, em Carpi; o Centro de Espiritualidade, em Santo António de Mercadello, de Novi de Modena; a estrutura polivalente de San Martino Carano de Mirandola; e a pedra para o novo Centro Espiritual que veio da Catedral da Imaculada Conceição de Qaraqosh, na planície de Nínive, Iraque, recentemente visitada pelo bispo de Carpi, D. Francesco Cavina. (JSG)
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