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Papa, na Audiência: “É melhor sofrer praticando o bem que fazendo o mal”

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 05-04-2017, Gaudium Press) Vinte mil peregrinos receberam o Papa Francisco na Praça São Pedro para a Audiência Geral das Quartas-feiras.

Em sua catequese, o Papa voltou a tratar do tema da “esperança cristã”. Hoje, de modo particular, aprofundou o trecho da primeira Carta de São Pedro, que exorta “a dar razão da nossa esperança a todo aquele que a pedir”.

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Foto: Gustavo Kralj – Gaudium Press

Francisco destacou que, através de sua carta, o Apóstolo consegue infundir grande consolação e paz. Além disso, São Pedro conduz à convicção de que o Senhor está sempre ao nosso lado e nunca nos abandona, sobretudo nos momentos mais delicados e difíceis da nossa vida.

Qual o segredo desta carta?

O Pontífice perguntou: “Qual o segredo desta Carta e, de modo particular, desta passagem que acabamos de ouvir”?
E o Papa mesmo respondeu.

Para ele, “O segredo consiste no fato de afundar as suas raízes diretamente na Páscoa, no coração do mistério que estamos para celebrar, fazendo-nos perceber a luz e alegria que brotam da morte e ressurreição de Cristo. Cristo ressuscitou verdadeiramente, está vivo e habita em cada um de nós. É por isso que São Pedro nos convida com força a adorá-lo em nossos corações”.

O Papa sublinhou que o Senhor começou a morar em nós desde o Batismo e, a partir de então, continua a nos renovar e também nossa vida com o seu amor e a plenitude do seu Espírito.

E é por isso, diz Francisco, que o Apóstolo nos recomenda “a dar razão da nossa esperança a todo aquele que a pedir”:

“A nossa esperança não é um conceito, nem um sentimento, mas é uma Pessoa, o Senhor Jesus, vivo e presente em nós e nos nossos irmãos. Portanto, dar razão da esperança não se faz em nível teórico, em palavras, mas, sobretudo, com o testemunho da vida, dentro e fora da comunidade cristã”.

Deixar Cristo ser visto: Ele está vivo e habita em nós…

“Se Cristo está vivo e habita em nós, no nosso coração, então devemos deixar que ele se torne visível e que aja em nós. Isto quer dizer que ele deve ser sempre o nosso modelo de vida e que, por conseguinte, devemos aprender a comportar-nos como ele”.

A esperança que está em nós -raciocina o Papa- não pode permanecer oculta, mas deve ser externada e até tornar-se perdão a quem nos faz mal.

O mal não deve ser vencido com o mal, mas com a humildade, a misericórdia e a mansidão, afirma o Santo Padre citando São Pedro:

“É melhor sofrer praticando o bem que fazendo o mal. Isto não quer dizer que é bom sofrer, mas, quando sofremos pelo bem, estamos em comunhão com o Senhor, que padeceu e sofreu na cruz pela nossa salvação. Assim, nos tornamos semeadores de vida e esperança na ressurreição, e instrumentos de consolação e paz, fazendo brilhar no mundo a luz da Páscoa”.

Bem-aventurados. Por que?

Antes de dar a bênção aos peregrinos no término da Audiência, o Santo Padre concluiu a sua catequese dizendo que “agora podemos entender porque o apóstolo Pedro nos chama bem-aventurados, quando sofremos pela justiça”.

Não se trata de uma questão moral ou ascética, mas de ser sinais vivos e luminosos da esperança entre os últimos e marginalizados. (JSG)

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