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É pecado grave: praticar, promover, colaborar com um aborto, afirma Dom Rossi Keller

Frederico Westphalen – Rio Grande do Sul (Sexta-feira, 07-04-2017, Gaudium Press) Em uma nota pastoral recentemente publicada pela Diocese de Frederico Westphalem, no Rio Grande do Sul, Dom Antônio Carlos Rossi Keller, pronunciou-se sobre a questão do aborto:

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“Frente às novas tentativas da implantação de leis que, de certa forma, tornam mais flexíveis e ampliadas as possibilidades da realização de abortos em nosso país, como bispo não posso calar-me”. “É preciso dizer as coisas com clareza: o aborto nada mais é do que o homicídio voluntário de um inocente”.

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental

No início de março, o partido político PSOL e uma organização denominada Instituto Anis protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), solicitando a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

Na ação, eles pedem ainda a concessão de liminar para que, enquanto a ADPF não for julgada, o aborto já possa ser liberado para as gestantes que estiver até no terceiro mês de gravidez.

Dizer as coisas com clareza

Diante dessa realidade agora estabelecida no Brasil, Dom Keller considera com razão de pastor da Santa Igreja que “é preciso dizer as coisas com clareza: o aborto nada mais é do que o homicídio voluntário de um inocente. E quem nele participa incorre na excomunhão “latae sententiae”, que significa que a própria pessoa se coloca em um estado de separação grave da comunhão eclesial, ainda que seja necessário avaliar o grau individual de responsabilidade”.

…come e bebe a sua condenação

Dom Rossi Keller ainda alerta para o fato de que “para todos, inclusive para os políticos que apoiam e sustentam tão iníqua desobediência à Lei de Deus, votando favoravelmente leis que ampliam permissividades em relação à realização do aborto, também se aplicam as graves palavras do Apóstolo São Paulo na 1ª Carta aos Coríntios: ‘Aquele que come o pão ou bebe o cálice do Senhor indignamente… come e bebe a sua condenação’ (1º Coríntios 11,27.29)”.

“Misericordia et Misera” e perdão para o aborto

Em outro momento de sua Nota Pastoral, Dom Keller faz referência à Carta Apostólica “Misericordia et Misera”, do Papa Francisco.

Nessa carta, o Pontífice manteve a sua orientação para o Jubileu da Misericórdia de conceder a todos os sacerdotes “a faculdade de absolver a todas as pessoas que incorreram no pecado do aborto”. Porém, Dom Rossi Keller relembra a afirmação do Papa para que as coisas nesse ponto sejam sempre claras, transparentes:

“Quero reiterar com todas as minhas forças que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente”.

Crise Moral e Oração

“A aceitação do aborto na mentalidade, nos costumes e principalmente, na legislação permissiva é um sinal eloquente de uma grave crise de sentido moral, que faz dos nossos tempos um período obscuro da história humana, onde predomina a incapacidade de distinguir entre o bem e o mal, mesmo quando o que está em jogo é o direito fundamental e elementar da vida, da existência”, acrescentou.

O bispo finalizou a nota com um convite à oração, “confiemos nossa Pátria, tão duramente provada nos últimos tempos, à materna intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, cujos 300 anos do encontro de sua milagrosa imagem celebramos neste ano. Que ela interceda como Mãe junto de Deus, para livrar o Brasil desta praga que é o aborto. ” (JSG)

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