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Em Karemlash, Iraque, se celebrará pela primeira vez em três anos o Domingo de Ramos

Karemlash – Iraque (Sexta-feira, 07-04-2017, Gaudium Press) Karamles, ou Karemlash, tem sido uma cidade da planície de Nínive que sofreu grave devastação por parte do autodenominado Estado Islâmico (ISIS). Depois de três anos sem poder fazê-lo, no próximo Domingo de Ramos se realizará a tradicional celebração na igreja de ‘Mar Addai’, que se encontra ao norte da cidade e que é o maior lugar de culto da povoação.

“Depois de tanto sofrimento será uma Missa com um sabor muito especial. A Missa será precedida por uma procissão pelas ruas do povo, com canções tradicionais e orações que se recitam uma vez ao ano, nesta ocasião”, expressou o Padre Paolo Thabit Mekko, sacerdote caldeu de Mosul, a agência AsiaNews.

“Nas últimas semanas -relatou o Padre Paolo a AsiaNews- muitas pessoas vem todos os dias à cidade para fixar suas casas, tratando de deixá-las de novos habitats, ainda que não seja possível prever uma data para o retorno”. Em Karamles, acrescentou, “a situação segue sendo difícil. Temos por volta de 800 alojamentos, dos quais uns 200 estão queimados, além disso, outros 90 foram completamente destruídas; centenas mais estão danificadas por diversas razões. A destruição está por todas as partes, ainda que em diferentes formas e graus”.

Para a celebração “está previsto que partam ao menos 10 ônibus, para transladar a umas 400 pessoas, cidadãos de Karamles, que ainda vivem em refúgios e casas alugadas na capital do Curdistão iraquiano”. A estes se devem acrescentar “dezenas de veículos particulares e as pessoas que serão transportadas pelos seus próprios meios”, explicou o Padre Mekko.

O Padre é responsável do campo de refugiados “Olhos de Erbil”, onde há refugiados milhares de cristãos ao lado de muçulmanos e yazidis. Muitos desses refugiados são de Karamles.

A missa de domingo de Ramos terá “um sabor muito especial. A missa será precedida por uma procissão pelas ruas do povo, com canções tradicionais e orações que se recitam uma vez ao ano, nesta ocasião”. Para eles se trata de uma ressurreição. (EPC)

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