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Sacerdote especialista em catequese explica o que é querigma e mistagogia

Aparecida – São Paulo (Terça-feira, 02-05-2017, Gaudium Press) Em meio a 55ª Assembleia Geral da CNBB realizada em Aparecida, São Paulo, o doutor em Teologia Pastoral Catequética e professor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal), Padre Luiz Alves de Lima, explicou e contextualizou o significado dos termos querigma e mistagogia.

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“A palavra querigma é uma extensão de missionário. É um aspecto essencial daquilo que a gente chama uma Igreja missionária, uma Igreja que sai, anuncia Jesus Cristo, fala, como diz o Papa Francisco”, afirmou o Padre Lima.

Dentro do novo contexto proposto, de uma Igreja em saída, pobre, como a samaritana que está “procurando a água viva que é Jesus”, o querigma é “o anuncio principal do Evangelho, aquilo que é o centro de tudo, aquilo que causa alegria, entusiasmo, as pessoas devem se encantar por Jesus”.

Já a mistagogia, segundo o sacerdote, tem relação e origem na palavra mistério, pois “justamente este clima que se cria diante do insondável, daquilo que é maravilhoso, estupendo, que é o mistério de Deus”. Mais no campo teológico, este termo remete à reflexão sobre a “metodologia para ter acesso ao mistério de Deus”, a qual compreende o símbolo e o rito.

“O símbolo remete a uma realidade, porque das realidades invisíveis a gente não tem como falar, tem que recorrer ao símbolo, a única realidade que não parece ser, mas é, é a eucaristia, que se transforma no corpo de Cristo, isso é o máximo do mistério de Deus e é rodeado de mistério. Outra palavra para traduzir mistagogia é celebração: celebração, oração, contemplação, leitura orante, são todos elementos que formam aquilo que na Igreja chama-se mistagogia”, ressaltou.

Ainda conforme o Padre Luiz, uma comparação pode ser feita com a palavra “pedagogia”, que a partir de sua origem etimológica, pode ser lida como a condução da criança para o desenvolvimento. Neste sentido, a mistagogia é a “pedagogia do mistério”, a condução ao mistério de Deus.

O presbítero lembrou também que o Documento de Aparecida fala do querigma como a maneira prática de colocar alguém em contato com Jesus Cristo e introduzi-lo no discipulado, enquanto as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) abordam a centralidade do querigma ou primeiro anúncio na missão da Igreja e a relação estreita entre a catequese e a liturgia, em um contexto em que “sobressai a formação litúrgica, em todos os níveis da vida eclesial, num processo mistagógico, integrando na ação ritual o sentido teológico e litúrgico nela expresso”. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações CNBB

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