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Bispo de Beja destaca afirmações do Papa sobre a devoção a Nossa Senhora

Beja – Portugal (Terça-feira, 16-05-2017, Gaudium Press) Ainda dentro do contexto das comemorações havidas em 13 de maio, a propósito do Centenário das Aparições de Fátima e canonização dos Santos pastorinhos, o bispo de Beja declarou que o Papa deixou em Fátima uma “palavra incisiva”, sobre a vivência da fé, ao dizer que Nossa Senhora não é uma “santinha a quem se recorre para obter favores a baixo preço”.

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Em entrevista à Agencia Ecclesia, Dom João Marcos afirmou também que Francisco tocou num “problema muito sério” que a Igreja Católica tem de refletir. Para o prelado, “Hoje, a Virgem Maria ou está no trono dourado da Teologia, ou está no andor da religiosidade natural que dá voltas e mais voltas. É preciso dar-lhe o lugar que é dela na Igreja”.

E o lugar de Maria, segundo o bispo de Beja, tem de ser o de “mestra”, pois sua vida configura-se como “o melhor compêndio que existe” para a vivência da fé.

“Se virmos o que Deus fez na Virgem Maria, sabemos o que temos de fazer em vez de cada um andar a inventar a sua forma própria de fazer Igreja, que é tempo perdido”, considerou Dom João Marcos.

Lufada de ar fresco

O Prelado considerou a presença do Papa em Fátima, nos dias 12 e 13 de maio, como uma lufada de ar fresco para as comunidades católicas do país, pois que ele “apontou para o essencial”.

“Foram dias inesquecíveis para mim e para os meus diocesanos. Já falei com alguns e algumas e todos são unânimes em dizer isso, são momentos que ficam marcados na história de cada um de nós”, declarou.

Nossa Senhora atrai multidões

Nas cerimónias estiveram muitos peregrinos provenientes do Baixo Alentejo, que se deslocaram ao Santuário de Fátima como fazem em “todos os anos”.

“Peregrinar é uma experiência espiritual, uma experiência de Deus e um percurso de entreajuda muito bom”, afirmou Dom João Marcos, que “várias vezes como pároco” percorreu a pé o caminho até a Cova da Iria.

“Quando aparece a imagem de Nossa Senhora é certo e sabido que temos multidões”, mas o que é essencial é “ajudar as pessoas a passar de uma religiosidade natural à fé cristã”, e o Papa poderá ter dado um novo impulso, quis ainda salientar o bispo de Beja. (JSG)

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