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Milhares de devotos peregrinam a pé até a Festa de Mártires de Uganda

Namugongo – Uganda (Quarta-feira, 07-06-2017, Gaudium Press) A Festa dos Mártires de Uganda é uma das mais notáveis manifestações públicas de Fé em toda sua região, atraindo peregrinos de toda a nação e de países vizinhos. Além disso, numerosos ugandeses aproveitam a solenidade para viajar ao seu país natal a partir de diversos lugares e reencontrar-se com suas famílias. Milhares dos numerosos devotos que chegam à Basílica de Namugongo o fazem a pé, deslocando-se de grandes distâncias para identificar-se com os mártires que tiveram que ir a pé até o lugar de seu sacrifício.

O Arcebispo de Kampala, Dom Cyprian Kizito Lwanga, calculou o número de peregrinos de 2017 em três milhões, um novo recorde de convocatória para um Santuário ao qual chegaram devotos dias antes da festa, comemorada no dia 03 de junho. Na Missa central, o Bispo de Hoima, Diocese encarregada das celebrações deste ano, Dom Vincent Kirabo, convidou os fiéis a imitarem o testemunho dos mártires com os quais podem identificar-se facilmente.

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“Os Mártires de Uganda eram pessoas ordinárias com admiráveis qualidades humanas… por estas qualidades eles eram líderes”, pregou o prelado. Como mostra do compromisso de Fé destes crentes, comentou que existe evidência de que os Mártires, enquanto se preparavam para receber o Batismo, às vezes renunciavam ao descanso noturno para estudar o Catecismo da Igreja.

Os heroicos fiéis foram assassinados por ódio à Fé por ordem do rei Kabaka Mwanga II, devido a sua conversão ao cristianismo. Os mártires foram levados a pé até o lugar onde foram incinerados vivos. Entre os motivos da crueldade do mandatário conta a objeção dos crentes às ordens do rei contrárias à moral. A maioria dos mártires eram jovens de 15 a 30 anos. Os 22 mártires que professavam a Fé Católica foram beatificados em 1920 e canonizados em 1964.

Dom Kirabo anunciou que foram enviados à Santa Sé os documentos sobre a vida do Padre Mapeera Lourdel e o Irmão Amans, que formaram aos Mártires. O prelado espera que os religiosos possam ser beatificados por ter inspirado com sua vida e doutrina aos heroicos crentes ugandeses. Apesar da perseguição de 1886, o testemunho destes e outros missionários permitiu que a Igreja crescesse até registrar 1.200 batizados e 10 mil catecúmenos em 1890. (EPC)

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