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Papa visita Congresso da diocese de Roma

Roma – Itália (Terça-feira, 20-06-2017, Gaudium Press) Na segunda-feira o Papa visitou o Congresso da Diocese de Roma quando pode afirmar aos que o ouviam que “Uma cultura desenraizada, uma família desenraizada é uma família sem história, sem memória, sem raízes”. Aceitou, em seguida, o convite para estar ao lado dos adolescentes ali presente quando lembrou que a adolescência é uma fase da vida caracterizada como sendo um “tempo difícil”, mas “não é uma doença”.

Temática do Congresso

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O tema deste ano para o Congresso Diocesano é dedicado a acompanhar os pais na educação dos filhos adolescentes. O Papa disse aos presentes que a vida das famílias e a educação dos adolescentes não pode ser levada “de ânimo leve” e, dirigindo-se mais às famílias, afirmou:

“Vós viveis as tensões desta grande cidade”: o trabalho, a distância dos afetos, o tempo cada vez mais limitado, o dinheiro que nunca é suficiente. Por isso, para simplificar, “a reflexão, a oração, podeis fazê-la em ‘romanesco’ (dialeto romano), com rostos bem concretos e pensando como vos podeis ajudar entre vós a formar os vossos filhos nesta realidade”.

O risco do desenraizamento

Francisco fala do “fenómeno crescente da sociedade desenraizada”. Roma corre o risco do desenraizamento. As “famílias” gradualmente vão perdendo os seus laços, aquele tecido vital assim tão importante para nos sentirmos parte uns dos outros, compartilhando com os outros um projeto comum. É a experiência de saber que ‘pertencemos’ aos outros (no sentido mais nobre do termo).

É importante ter consciência deste clima de desenraizamento, porque pouco a pouco ele passa nos nossos olhares e especialmente na vida dos nossos filhos:

“Uma cultura desenraizada, uma família desenraizada é uma família sem história, sem memória, sem raízes, de facto”, disse Francisco que comentou também que “muitas vezes exigimos dos nossos filhos uma formação excessiva em alguns campos que consideramos importantes para o seu futuro. Nós os fazemos estudar uma quantidade de coisas, para que possam dar o ‘máximo’. Mas não damos igual importância ao facto de que eles conheçam a sua terra, as suas raízes”.

A Adolescência

O Papa definiu a adolescência como “um tempo precioso na vida dos vossos filhos. Um tempo difícil, sim. Um tempo de mudanças e de instabilidade, sim. Uma fase que apresenta grandes riscos, sem dúvida. Mas, acima de tudo, é um tempo de crescimento para eles e para toda a família. A adolescência não é uma doença e não podemos enfrentá-la como se fosse tal”.

“A adolescência não é uma doença que devemos combater. Faz parte do crescimento normal, natural da vida dos nossos filhos”. “Assim, os nossos meninos procuram ser e querem sentir-se – logicamente – protagonistas”, eles procuram em muitos modos a ‘vertigem’ que os faz sentir vivos. Portanto, demos a eles esta ‘vertigem’! “Estimulemos tudo aquilo que os ajuda a transformar os seus sonhos em projetos. Proponhamos-lhes metas amplas, grandes desafios e ajudemo-los a realizá-los, a alcançar os seus objetivos”, disse ainda o Papa para encerrar suas palavras. (JSG)

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