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Cardeal Cipriani fala da defesa da honra, a mentira e a calúnia

Lima – Peru (Terça-feira, 04-07-2017, Gaudium Press) Em seu programa radiofônico ‘Diálogo de Fé’, o Primaz do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani abordou diversos tópicos, entre eles o da mentira e a calúnia que circula com frequência na ágora pública, o que marca uma crise moral.

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“O que está passando? Onde está a justiça, onde está esse mínimo de respeito para poder ter uma convivência normal ou pelo menos razoável?”, manifestou.

Destacou as palavras de Luis Bedoya Reyes sobre este tema: “O Dr. Bedoya, sempre tão preciso e sempre como um recurso moral de décadas de presença na vida do país, fala de que a grosseria temos que tirá-la da vida política e da vida pública. Eu creio que tem muita razão e temos que ir mais a fundo. Temos que pensar o que passa com a honra que todos merecemos. Há pessoas que tem um valor, não sua casa nem seu saldo, sua honra. Roubar-lhe a honra é mais que roubar-lhe o carro. Não nos acostumaremos tão facilmente a desqualificar sem fundamento e sem ter a responsabilidade. Não podemos destroçar a fama e a honra de uma pessoa, porque é roubar-lhe o mais valioso que tem em sua vida. Tampouco podemos ir desqualificando e murmurando de uma maneira muito ligeira dizendo ‘este tipo é assim ou fez tal coisa'”.

O grave dano da calúnia

Falou igualmente da calúnia, da qual disse “é quando alguém de maneira intencional diz uma mentira para causar dano a outra pessoa. Penso que esta lesão intencional da honra e da fama é um grave delito”.

Expressou que é um tema que vai além dos políticos, que são eleitos para que sirvam ao bem comum.

“Isto que digo eu sobre a honra e a fama se move a todos os níveis do esporte, do trabalho, da família, da política, da economia, dos meios de comunicação. Há muitos personagens que tem responsabilidades concretas em meios de comunicação, no Congresso da República, no Poder Judicial, nos colégios e no ensino, nas redes sociais. Tu vês como de uma maneira muito clara o estado de direito tem a obrigação de guardar, entre outras coisas, o bem comum, o bem e a dignidade e a honra e a boa fama das pessoas”.

Concluindo, exortou a recuperar o respeito a toda opinião, para que a discrepância não seja insulto nem desqualificação, mas um intercâmbio de ideias com racionabilidade.

“Vale a pena, nestes dias ao começar o mês de julho, que não seja a lei do mais forte, que não seja a lei da vingança. Que seja a lei do que disse o Papa: Do amor de Deus, ir contra a corrente, não ter temor de afirmar com simplicidade e com bondade e de bom humor: Senhor, isto não está vem, mas não digamos adiante neste jogo de ‘Eu te acuso, tu me acusas, nós nos acusamos’. Assim não é. O Peru merece um pouco mais de respeito e de paz”.

“Que Deus nos ajude a todos. Que esta visita do Papa vá criando esse clima de maior paz. Esta crise moral não é questão de estruturas nem de poderes nem de leis, está no coração. Mais respeito pelos demais, pelos pais, pelos filhos, pelos avós, pelos amigos e pelos inimigos”. (EPC)

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