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Ser catequista é uma vocação, não é uma profissão, diz Papa

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 12-07-2017, Gaudium Press) Em mensagem enviada aos participantes do Simpósio Internacional sobre Catequese, que transcorre na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA), em Buenos Aires, O Papa Francisco afirma que “Ser catequista não é uma profissão, mas uma vocação”.

Ser catequista é uma vocação, não é uma profissão, diz Papa.jpgSer catequista: missão

Francisco afirmou que, em primeiro lugar, a catequese não é um trabalho ou uma tarefa externa à pessoa do catequista, mas se “é” catequista e toda a vida gira em torno desta missão.

De fato, “ser” catequista é uma vocação de serviço na Igreja, que se recebeu como dom do Senhor para ser transmitido aos demais. Por isso, o catequista deve constantemente regressar àquele primeiro anúncio ou “kerygma”, que é o dom que transformou a própria vida.

Para o Papa, este anúncio deve acompanhar a fé que já está presente na religiosidade do povo.

O catequista, acrescentou o Papa, caminha a partir de Cristo e com Ele, não é uma pessoa que parte de suas próprias ideais e gostos, mas se deixa olhar por Ele, porque é este olhar que faz arder o coração. Quanto mais Jesus toma o centro da nossa vida, mais nos impulsiona a sair de nós mesmos, nos descentraliza e nos faz mais próximos dos outros.

Concentrar-se para encontrar o Senhor, abrir-se para pregar Jesus

O Papa compara este dinamismo do amor com os movimentos cardíacos: sístole e diástole, se concentra para se encontrar com o Senhor e imediatamente se abre para pregar Jesus.

O exemplo foi dado pelo próprio Jesus, que se retirava para rezar ao Pai e logo saía ao encontro das pessoas sedentas de Deus. Daqui nasce a importância da catequese “mistagógica”, que é o encontro constante com a Palavra e os sacramentos e não algo meramente ocasional.

Pregar o estilo de Jesus

Francisco pede que os catequistas sejam criativos, na hora de pregar, buscando diferentes meios e formas para anunciar a Cristo.

“Os meios podem ser diferentes, mas o importante é ter presente o estilo de Jesus, que se adaptava às pessoas que tinha a sua frente. É preciso saber mudar, adaptar-se, para que a mensagem seja mais próxima, mesmo quando é sempre a mesma, porque Deus não muda, mas renova todas as coisas Nele”.

As palavras finais do Papa foram de agradecimento pelo que fazem os catequistas e por caminharem com o Povo de Deus.
“Eu os encorajo a serem alegres mensageiros, custódios do bem e da beleza que resplandecem na vida fiel do discípulo missionário.”

O Simpósio

O Simpósio Internacional sobre Catequese teve início no dia 11 de julho e prossegue até o dia 14.

O encontro tem como tema “Bem-aventurados os que creem”, e entre os conferencistas estão o Arcebispo Luis Francisco Ladaria sj, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e Dom José Ruiz Arenas, Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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