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Arcebispo de Moscou fala da ligação Fátima-Rússia

Lisboa – Portugal (Quinta-feira, 20-07-2017, Gaudium Press) Neste mês de julho a peregrinação Internacional a Fátima que é realizada pela visita que se faz ao Santuário recordou a terceira aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos na Cova da Iria, há cem anos.

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Concretamente, o tema dessa peregrinação foi “A Virgem Maria, Mãe da Consolação” que teve como intuito sublinhar a ligação da Rússia com Fátima.

A este propósito o padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, sublinha que a ligação entre a Rússia e a Cova da Iria vem “desde o início” e tem crescido sempre.

Delegação Russa

Uma delegação de fiéis veio da Rússia para a realização da peregrinação. Entre os peregrinos, além dos leigos, formavam o grupo: sacerdotes, religiosos, bispos e o arcebispo de Moscou, Dom Paolo Pezzi que presidiu uma das celebrações no Santuário.

Sem dúvidas, suas palavras têm interesse, sobretudo, recordando que, nesta terceira aparição, Nossa Senhora refere-se explicitamente à Rússia, descrevendo uma fase histórica do país e profetizando sua conversão. E ainda mais, prometendo: “Por fim, Meu Imaculado Coração triunfará!”

Ainda durante essa peregrinação a Fátima, o arcebispo de Moscou recordou as perseguições contra cristãos no século XX e alertou para as consequências dos totalitarismos na vida das sociedades, especialmente em relação aos aspectos religiosos.

Declarações do Arcebispo

Em declarações prestadas a ECCLESIA, o arcebispo de Moscou falou das “resistências” que a mensagem de Fátima encontrou para chegar ao conhecimento dos cristãos russos no século XX, em pleno regime comunista, uma fase historicamente difícil para os fiéis católicos.

Dom Paolo Pezzi relatou como foi o desenvolver do conhecimento das mensagens de Fátima na Russia comunista: “Podemos dizer que até os anos 90, salvo qualquer rara exceção, não se falou. Nos anos 90 retomamos o sentido destas aparições, sobretudo graças a uma peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima a meados dos anos 90, que peregrinou por toda a Rússia”.

Fatos daquela época

O arcebispo recorda fatos que podem ser considerados surrealistas. Um deles foi o de um fiscal que revisava os vagões dos trens que teve a pretensão de cobrar passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima.

“Um nosso sacerdote levava a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima no vagão do trem de passageiros quando o fiscal disse-lhe em certa altura: ‘Quem é esta? O que é isto? …Tem de pagar bilhete, porque é um peso, ocupa espaço, é como um passageiro…’

O sacerdote disse-lhe: ‘Olhe, a Nossa Senhora não se obriga a pagar bilhete…'”, narrou Dom Paulo.

O arcebispo de Moscou, recordando esse período de peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima, observa que esta foi uma “ocasião missionária, evangelizadora, para falar de Fátima e das aparições”.

Guerra, Consagração, Primeiros Sábados

De acordo com o testemunho dos videntes, em julho de 1917 Nossa Senhora disse-lhes que, para impedir a guerra, era necessária a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados.

A este propósito Dom Paolo Pezzi sustentou: “O juízo histórico que podemos fazer, que devemos fazer sobre esse acontecimento é a conversão. A Igreja de 1917 respondeu à perseguição com o desafio à conversão. Hoje queremos confirmar isso: é possível dar um sentido também àquela tragédia apenas à luz da nossa conversão a Cristo”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações ECCLESIA)

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