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Medo, insegurança: frutos do “Alzheimer espiritual”, diz Papa

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 21-08-2017, Gaudium Press) A frase do escritor alemão Goethe, – “Aquilo que herdaste de teus pais, conquista-o para fazê-lo teu”, é o tema do “XXXVIII Encontro para a amizade entre os povos”, “Meeting – 2017” tema que “convida a refletir sobre aspectos da existência que a cotidianidade frequentemente faz colocar entre parênteses”, é o que se pode ler na mensagem enviada pelo Papa Francisco aos participantes deste ‘Meeting – 2017″ realizado, pela Comunhão e Libertação, na cidade italiana Rímini.

Livrar-se da herança dos pais traz consequências graves

A mensagem é assinada pelo Cardeal Parolin e nela pode-se ler que na sociedade de hoje, “um dos limites é aquele de ter pouca memória” – “livrar-se como fardo inútil daquilo que nos precedeu”, com “consequências graves” para as novas gerações, que não podem crescer sem tomar decisões baseadas na história passada.

Isso pode acontecer com os Cristãos

O mesmo pode acontecer também com os cristãos, diz a Mensagem: “Sabemos que o amor de Cristo não conhece fronteiras” e que a partir da Criação as “marcas da presença de Deus ao longo da história são inúmeras”, mas “Deus não é uma recordação, é uma presença a ser acolhida sempre de novo”.

Alzheimer espiritual: esquecer a história da relação pessoal com Deus

A Mensagem do Papa Francisco alerta os batizados para uma doença que ele denomina de “Alzheimer espiritual”, que tem um sintoma muito característico: “esquecer a história de nossa relação pessoal com Deus, aquele primeiro amor que nos conquistou até nos fazer seus”.

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Francisco lembra que “Se nos tornamos esquecidos não somos mais seguros de nada”, “somos assaltados pelo medo” e “nos tornamos presa dos caprichos, escravos dos ‘falsos infinitos’ que prometem a lua, mas nos deixam desiludidos”.

E ele afirma que o caminho para evitar tudo isto é “atualizar o início, o primeiro amor, que não é um discurso ou pensamento abstrato, mas uma Pessoa”. Somente assim saberemos enfrentar e responder a tantos novos desafios”.

A realidade vista de um sofá

“A herança da fé e o amor de Jesus chegam até nós por meio da vida da Igreja”, pelo testemunho daqueles que “há dois mil anos renovam o anúncio do acontecimento do Deus-conosco e nos permitem reviver a experiência do início como foi para os primeiros que O encontraram”, relembrou o Papa.

O que a Igreja chama cada geração a realizar é recuperar a memória daquele momento: “conquistar a própria identidade”.

E o convite do Papa é para não se deixar “assustar pelas dificuldades que fazem parte do caminho” e sobretudo “a não olhar a realidade e o mundo da sacada”, mas a vivê-la como ocasião de anúncio alegre do Evangelho, tendo conquistado “o verdadeiro, o belo e o bom que os nossos pais deixaram para nós”.

Responder à necessidade de Deus no mundo: ser testemunhas da esperança

O Papa recomendou aos participantes do Encontro: “aguçar a vista para perceber os tantos sinais da necessidade de Deus, como sentido último da existência”, de modo a “poder oferecer às pessoas respostas vivas para as grandes interrogações do coração humano”. Serem “testemunhas confiáveis da esperança que não desilude” e de falar aos visitantes que chegarão ao evento, com os encontros, as mostras, os espetáculos, mas acima de tudo, com a própria vida”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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