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Parolin pressiona a Rússia para devolver igrejas tomadas pelos soviéticos

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 25-08-2017, Gaudium Press) Ao retornar de sua viagem de quatro dias à Rússia, o Cardeal italiano Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, diplomata e principal assessor do Papa, definiu sua viagem como tendo sido “útil, interessante e construtiva”. 

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Ele salientou também que durante suas reuniões com autoridades civis e religiosas, foi tratada da questão da restituição das Igrejas Católicas expropriadas durante a era comunista. Uma questão que tem sido um grande ponto de disputa entre as igrejas ortodoxas católica e russa, bem como entre a Santa Sé e o Kremlin.

Papel da Rússia 

O cardeal secretário de Estado do Vaticano, disse que, devido a “sua posição geográfica, sua história, cultura, passado e presente”, a Rússia tem um “grande papel a desempenhar” na comunidade internacional e no mundo:

“[A Rússia] tem uma responsabilidade especial na construção da paz … e deve realmente se esforçar para colocar os interesses superiores da paz acima de todos os outros interesses”, disse Parolin, quando perguntado em entrevista no Serviço de Comunicação do Vaticano sobre o que ele havia dito durante sua reunião com o Presidente Vladimir Putin.

Os destaques

O que teve mais destaque e ao que mais foi dado atenção durante a visita de Parolin à Rússia foram os encontros e reuniões programadas com Putin e o Patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa.

No entanto, os encontros que Parolin teve com a comunidade católica local deram-lhe alguns pontos de referência para orientação dessas reuniões e foram importantes.

Durante a entrevista divulgada no Vaticano nesta sexta-feira, Parolin disse que, depois de se encontrar com os católicos para ouvir sobre suas “alegrias, esperanças, mas também desafios e dificuldades”, ele recolheu contribuições importantes para suas reuniões e contatos com as autoridades.

Católicos russos esperam melhoras com a visita

As estimativas sobre o número de católicos romanos na Rússia variam, mas calcula-se que sejam por volta de um por cento da população total, e a maioria desses católicos romanos pertence a grupos de nacionalidades diferentes: poloneses, alemães, lituanos e ucranianos.

De alguma forma, os católicos russos esperam que a visita do Secretário de Estado melhore a situação da Igreja local. É o que se conclui das palavras de Parolin.

“Eu menciono apenas uma: a questão da restituição de algumas igrejas católicas que foram confiscadas durante o período comunista”, disse o cardeal Diplomata, acrescentando que “não existe atualmente nenhum plano de devolução dessas propriedades para a comunidade católica, apesar de “suas necessidades de locais de culto adequados”.

Desde a derrocada da União Soviética, existe dois principais problemas de contenção entre católicos e ortodoxos na Rússia, bem como a Santa Sé e o Kremlin: devolver as propriedades católicas confiscadas e acusações ortodoxas de “proselitismo” contra os católicos. (JSG)

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