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Papa Francisco: anunciada viagem a Mianmar e Bangladesh

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 28-08-2017, Gaudium Press) Na manhã desta segunda-feira, 28 de agosto, a Sala de Imprensa da Santa Sé comunicou que o Papa Francisco aceitou o convite dos Chefes de Estado e Bispos de Mianmar e Bangladesh e visitará proximamente os dois países.

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Com efeito, do dia 27 ao dia 30 de novembro, o Papa estará em Mianmar, visitando a capital, Yangon e a cidade de Nay Pyi Taw e do dia 30 de novembro até o dia 2 de dezembro, o Pontífice visitará Daca, em Bangladesh. O programa da viagem será publicado proximamente.

Maioria budista e maioria muçulmana

Em maio deste ano, esteve no Vaticano e foi recebida pelo Papa Francisco a líder do governo de Mianmar e vencedora em 1991 do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.
Foi um encontro para marcar o início das relações diplomáticas bilaterais.

Mianmar tem maioria budista e os cristãos são uma pequena minoria na população. Francisco será o primeiro Papa a tocar aquele solo.

Por sua parte, Bangladesh é um país de maioria muçulmana e já recebeu a visita de um Papa quando João Paulo II lá esteve em 1986.

No projeto que Francisco tem de ‘internacionalizar’ o colégio cardinalício, ele nomeou os primeiros cardeais da história destes dois países: o arcebispo de Daca, Patrick D’Rozario, e o arcebispo de Yangon, Charles Bo.

Lema e Objetivo

De acordo com o comunicado da Sala De Imprensa, o lema da viagem em Bangladesh é “Harmonia e Paz” e o de Mianmar é “Amor e Paz”.

E, com esta viagem, Francisco chama a atenção para a perseguição que a minoria Rohingya sofre em Mianmar, denunciada e mencionada neste domingo (27/08) pelo Papa no encontro dominical para a oração do Angelus.

Mais de um milhão de Rohingya vivem em Rakhine, onde sofrem uma crescente discriminação desde o início da violência sectária de 2012 que deixou 160 mortos e cerca de 120 mil confinados em 67 campos de deslocados.

O drama desta etnia impressionou a opinião pública em 2015, quando num êxodo maciço, velhas embarcações com centenas de pessoas sem alimentos não puderam atracar em nenhum país limítrofe, pois todos se recusavam em acolhê-los. (JSG)

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