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Um parente da princesa Diana no caminho da santidade

Redação (Quinta-feira, 31-08-2017, Gaudium Press) O mundo inteiro está lembrando-se hoje de Diana, a princesa de Gales, no dia do vigésimo aniversário de sua morte causada por um acidente automobilístico, em Paris, quando ela não tinha mais que 36 anos.

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A Princesa é lembrada por sua beleza, pelos dotes pessoais que possuía, por sua simpatia e também pelo seu trabalho de filantropia e comiseração para com pacientes portadores de AIDS e auxílio às pessoas vitimadas por minas terrestres em guerras espalhadas por este mundo afora.

Nesta data não se ouve falar de aspectos até certo ponto, mais relevantes de sua vida. Mas, sem dúvida, vai-se falar de suas aventuras e relacionamentos que por desdita, foram causa imediata do acidente que a vitimou.

O que muita gente não sabe ou não fará esforça para recordar é que um de seus antepassados pode vir a ser canonizado pela Igreja. Em outras palavras:

Da família de Lady Di pode surgir um Santo

Um tio-bisavô da princesa pode ser declarado Santo pela Igreja Católica.

Este seu ascendente era um sacerdote da Congregação Passionista: Padre Ignatius de São Paulo Spencer.

Padre Ignatius escandalizou a sociedade vitoriana de seu tempo. Primeiro ele converteu-se ao catolicismo em 1830 e, depois, escandalizou novamente a sociedade vitoriana optando pela ordenação sacerdotal três anos depois, em 1833.

Spencer recebeu seu nome em homenagem a um de seus antepassados o Príncipe George de Cambridge.

Ele era filho do Primeiro Lord do Almirantado e um dos membros da quinta família mais rica da Inglaterra.

Spencer era também tio avô de Winston Churchill.

Ele cresceu na propriedade da família Spencer em Althorp, onde a Princesa Diana está sepultada.

Conversão 

Originalmente, Padre Ignatius Spencer foi ordenado sacerdote da Igreja da Inglaterra. Ele começou a estudar a Patrística nos escritos dos primeiros Padres da Igreja. E foi a partir daí que ele chegou a sua conversão à Igreja Católica.

Isto o conduziu a um caminho que o levou à Igreja Católica, semelhantemente ao que aconteceu com o famoso John Newman, que surgiu uma década depois do Padre Ignacius.

Ignacius de São Paulo -esse era seu nome religioso- juntou aos Passionistas em 1847, quando foi recebido na ordem pelo não menos famoso sacerdote Passionista italiano Padre Dominic Barberi, beatificado em 1963 e que foi também quem recebeu Newman na Igreja Católica, inclusive batizando-o.

Apostolado entre pobres e excluídos

Padre Ignacius Spencer passou a maior parte do tempo entre os pobres e excluídos do seu tempo:

Atendeu em seu ministério sacerdotal os imigrantes irlandeses atolados na pobreza nos Midlands da Inglaterra.

Além disso ele era também um famoso pregador e usou a crescente rede ferroviária da Grã-Bretanha para realizar missões de três dias em todo o país.

Envolvimento Leigo

Ele espalhou em seu país a história de um movimento nascido na Igreja da França que tinha como missão a visita e o cuidado para com os pobres e trabalhou para estabelecê-lo na Inglaterra: era a Sociedade São Vicente de Paula.

“Sua ação visionária foi o maior envolvimento leigo na vida da igreja”, disse o padre Ben Lodge, que é o postulador da causa de canonização do Padre Ignacius Spencer.

Agora “estamos acostumados com a ideia do envolvimento leigo, mas ele antecipou-se, nesse ponto, de 150 anos em relação a seu tempo”, diz Ben Lodge.

Em declarações ao “Ozanam News”, o Padre Ben Lodge recordou que Spencer tinha um tipo e doença na coluna vertebral que, de acordo com os médicos, as longas e frequentes caminhadas que ele fazia para realizar seu trabalho de evangelização deveriam trazer-lhe dores constantes que o atormentavam. (JSG)

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