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O absoluto: o único que dá verdadeira alegria à vida

Redação (Quarta-feira, 13-09-2017, Gaudium Press) Nossas almas e todo nosso ser, foram feitos para a contemplação de Deus na eternidade, onde serão saciadas todas as nossas ânsias. Mas nossa alma não é de anjo, mas de homem, e ela conhece naturalmente através dos sentidos, pelo que já nesta terra recebemos provas do que será a felicidade no céu, na contemplação das maravilhas da ordem criada.

E é através desta contemplação que se recebe o que Plinio Corrêa de Oliveira chama de “ósculos de Deus”.

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Ósculo de Deus quando contemplamos o mar e nos deleitamos com seu azul, com seu horizonte quase infinito que nos recorda a infinitude de Deus; quando vemos as nuvens rosadas que pousam delicadas sobre o oceano em um entardecer tropical, e essas formas nos recordam que não existe melhor bordador que Deus, melhor pintor que Deus. Quando um mar maravilhoso nos permite pensar em como serão os mares do céu empírico, já não de água, mas de pedras preciosas líquidas; talvez já não de praias arenosas, mas de pó de ouro ou de diamante.

Ósculo de Deus quando, por exemplo, entramos em uma igreja, preferencialmente de outros tempos, de uma nave com retábulo acima do altar de combinações lindas, por exemplo, rosa com roxo e com folha de ouro, que tem no centro a imagem do patrono dessa igreja em atitude de oração e contemplação, e através da beleza do conjunto percebemos a primazia do sobrenatural sobre o natural; e talvez essa contemplação possa nos levar a pensar em uma das igrejas do céu empírico, por exemplo de paredes de jade, com colunas de esmeraldas, abóbadas de cristal e altares de malaquita, uma igreja arquetípica.

Nessas contemplações alcançamos algo que Dr. Plinio chamava de Absoluto, quer dizer, aquilo que sendo um pináculo em seu gênero ou em sua espécie, nos aproxima de Deus; uma materialização altíssima ou a mais alta de uma Ideia Divina, uma materialização que pode já ter sido criada ou ser possível de criar; um concreto realizado ou possível que se constitui em um arco voltaico com a Essência Divina (Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira: amor absoluto à sublimidade).

“A sensação de Absoluto é o único Gáudio na vida”, dizia Plinio Corrêa de Oliveira.

Nos dias em que Dr. Plinio afirmava o acima exposto, havia sido publicado um comunicado seu, gigantesco, de seis páginas, contra o socialismo autogestionário de François Mitterrand. Afirmava Dr. Plinio que para ele a contemplação dos Absolutos, do Absoluto, nas maravilhas criadas, era muitíssimo mais importante que se lhes dissessem que o governo de Miterrand havia caído como consequência dos manifestos publicados contra ele. Essa é a declaração de uma alma mística. Mas acima de tudo é um convite para buscar o Absoluto, que o resto será dado por acréscimo.

“A palavra Absoluto mata a sede”, dizia Dr. Plinio.

“Todo Gáudio fora do Absoluto é uma decepção”, afirmava Dr. Plinio.

Essa é a alegria da vida: que na contemplação da Ordem do Universo já possamos ver algo, ou muito de Deus. Sobre essas contemplações se pousará a graça mística. Isso nos dará força para as lutas desta vida.

Por Saúl Castiblanco

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

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