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Carência de vocações sacerdotais no Japão preocupam o Papa, afirma Cardeal Filoni

Tóquio – Japão (Sexta-feira, 29-09-2017, Gaudium Press) Em sua visita ao Japão, o Cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos conversou com os seminaristas que estudam em Tóquio, manifestando que o Papa Francisco tem se preocupado com a carência de vocações sacerdotais no país.

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“Enquanto seus sacerdotes, que até hoje dão sua vida pela Igreja, envelhecem, não se vê uma retomada vocacional adequada. Gostaria que também vocês alunos tivessem consciência de que o futuro da Igreja depende também da generosa doação de vocês a Deus”, alertou o purpurado.

Nesse sentido, o Cardeal reconheceu que uma cidade moderna e cheia de oportunidades como Tóquio pode colocar os seminaristas numa “situação de contraposição entre os valores do Evangelho e os valores do mundo”, e os convidou a concentrar a reflexão sobre três “sinais proféticos” que acompanham a vida sacerdotal como doação de si e do seguimento de Cristo: a pobreza voluntária, o celibato do coração e do corpo e a obediência.

Tratando do espírito da pobreza cristã, o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos recordou que todos os bens, tanto materiais quanto espirituais ou morais, “são como a água do mar e nós somos como um barco. Vivendo no mundo, não podemos separar-nos deles completamente, mas se mergulhamos totalmente na posse destes, nossa vida afunda, naufraga”.

Já ao abordar o celibato, o purpurado ressaltou que este “tem um significado fundamentalmente escatológico” e Jesus o indica como estado de vida escolhido por amor e pelo reino de Deus: “Com o chamado à vida consagrada a Cristo no celibato”, explicou, “vocês são chamados a viver na cultura do provisório, mas como testemunhas do amor autêntico, que jamais é provisório”.

“Embora a maior parte dos membros da sociedade presuma que o amor eterno é impossível, todos, na verdade, têm sede de um amor incondicional e duradouro. Vocês, com sua vida autêntica, mostram na sociedade japonesa que o verdadeiro amor, em Cristo, é sempre perpétuo, fiel e generoso”, concluiu. (EPC)

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