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A corrupção é o caruncho da vocação política, diz Papa Francisco

Cesena – Itália (Segunda-feira, 02-0-10-2017, Gaudium Press) No domingo, primeiro dia de outubro, o Papa Francisco deixou o Vaticano pela manhã para realizar uma breve Visita Pastoral a Cesena e Bolonha, duas cidades localizadas no norte da Itália.

A primeira cidade a ser visitada foi Cesena. Esta cidade, que conta com 90 mil habitantes, comemorava os 300 anos do nascimento do Papa Pio VI. Recorda-se que, além de Pio VI, a pequena cidade do norte italiano deu também à Igreja um outro Pontífice, o Papa Pio VII.

O Primeiro encontro do Papa Francisco com os habitantes da cidade foi logo cedo, na denominada Praça do Povo. Para as autoridades civis e religiosas e para os fiéis e a população em geral, o Papa recordou que a Praça do Povo é um lugar de encontro público, que traz uma mensagem: “trabalhar todos juntos para o bem comum e para uma boa política”: “Uma política que saiba harmonizar as legítimas aspirações de cada um e dos grupos, no interesse de todos os cidadãos. A política é um serviço inestimável para o bem da coletividade; é uma nobre forma de caridade”.

Caruncho da vocação política

Em seu discurso Francisco convidou especialmente os jovens ali presentes para preparar adequadamente para assumir de modo pessoal, desde o início, a perspectiva de agir a favor do bem comum, rejeitando toda e qualquer forma de corrupção, por menor que seja.

A “a corrupção é o caruncho da vocação política”, disse o Francisco de improviso, afirmando ainda que a corrupção não deixa a civilização se desenvolver. Para o Papa, o bom político carrega uma pesada cruz quando quer ser bom, quando tem que deixar as suas ideias pessoais para tomar iniciativas dos outros, para que seja levado adiante o bem comum.

Foi nesse sentido que o Pontífice afirmou que o bom político acaba sempre sendo um “mártir” do serviço, porque coloca suas ideias em discussão em prol do bem comum. E, afirmou ainda o Papa, que quando o político errar deverá ter a coragem de dizer “Errei… desculpem, vamos adiante”: este é um modo nobre de agir, concluiu Francisco. (JSG)

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