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Não é correto neutralizar as diferenças sexuais: diz Papa na Pontifícia Academia para a Vida

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 06-10-2017, Gaudium Press) A tentativa de neutralizar a “diferença sexual” recorrendo à tecnologia “não é correta” e põe em causa a “transmissão generativa da vida”. Essas foram palavras do Papa Francisco durante um discurso aos participantes da assembleia geral dos membros da Academia Pontifícia para a Vida.

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O Papa disse em seu pronunciamento que “a hipótese recentemente avançada de reabrir o caminho para a dignidade da pessoa humana neutralizando radicalmente a diferença sexual e, assim, a compreensão do homem e da mulher, não é correta”. e ainda continuou Francisco em seu discurso: “Em vez de contrastar uma interpretação negativa da diferença sexual, que penaliza o seu valor irredutível para a dignidade humana, pretende-se acabar com o fato de tal diferença, propondo técnicas e práticas que a tornam irrelevante para o desenvolvimento da pessoa e para as relações humanas”, 

Utopia do Neutro

Nas suas declarações aos participantes da Assembleia Geral do PAV, Francisco considerou que a “utopia do neutro” coloca em causa, por um lado, a “dignidade humana da constituição sexualmente diferente e a qualidade pessoal da transmissão generativa da vida”.

O Papa continuou seu discurso sublinhando com ênfase que a “manipulação biológica e psíquica da diferença sexual, que a tecnologia biomédica deixa entrever como totalmente disponível à escolha da liberdade -quando não o é!- corre o risco de desmantelar a fonte de energia que alimenta a aliança do homem e da mulher a torna criativa e fecunda”.

Tema

O tema do Encontro dos membros da Academia Pontifícia para a Vida foi “Acompanhar a vida. Novas responsabilidades na era tecnológica” e Francisco o considerou no discurso de abertura do evento como sendo “desafiador” e “necessário”.

Antes de encerrar seu pronunciamento durante a audiência aos membros da Academia Pontifícia para a Vida, o Papa referiu-se ao “materialismo tecnocrático” que faz “promessas ilusórias” de “bem-estar”, em expansão ao ritmo do mercado, mas provoca sobretudo o crescimento de “territórios de pobreza e de conflito, do desperdício e do abandono, do ressentimento e do desespero”. Para Francisco, “um autêntico progresso científico e tecnológico deveria inspirar políticas mais humanas”. (JSG)

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