Gaudium news > Bispos Britânicos lamentam os 50 anos de legalização do aborto

Bispos Britânicos lamentam os 50 anos de legalização do aborto

Londres – Inglaterra (Terça-feira, 24-10-2017, Gaudium Press) Os bispos da Inglaterra, do País de Gales e da Escócia lembram os 50 anos da aniversário da legalização do aborto no Reino Unido e suas consequências com um comunicado público.
Os prelados afirmam que “existe um grande desconforto entre muitas pessoas que reconhecem que a decisão de uma mulher ter um aborto traz consigo trágicas consequências.”

24 10Bispos Britânicos lamentam os 50 anos de legalização do aborto.jpg

Também a propósito deste meio século de aborto, os bispos pediram aos sacerdotes e fiéis que promovessem uma jornada de oração e de jejum com a intenção de pedir a proteção da vida humana e chamada de atenção para a erosão dos direitos de consciência que têm os médicos e pessoal da saúde em todo o país.

Promotores do alerta pela vida

O alerta dos Bispos surgiu em uma mensagem assinada pelo cardeal Vincent Nichols, presidente da Conferência Episcopal de Inglaterra e País de Gales, e pelo arcebispo Philip Tartaglia, presidente da Conferência Episcopal da Escócia.

Os bispos afirmam que o 50º aniversário da Lei do Aborto também dá a oportunidade de refletir sobre a “verdade sobre a dignidade da vida humana e a vitalidade e potencialidade da criança no útero”.

O comunicado episcopal destaca que “O desafio que enfrenta a nossa sociedade hoje é recuperar a compreensão do bem enorme de cada feto e valorizar sua vida com um respeito ainda maior”.

A Lei do Aborto do Reino Unido surgiu em 1967 tornou o aborto legal na Inglaterra, no País de Gales e na Escócia até a 28ª semana de gravidez, embora, mais tarde, a permissão da “morte de inocentes” tenha sido limitada para até a 24 semanas, em 1990. Há exceções que permitem uma expansão do aborto após esse período: casos que afetam a vida da mãe, risco grave de lesão física ou mental para a mãe ou anormalidade fetal extrema. Embora sendo um dos regimes de aborto mais liberais, a lei atual na Grã-Bretanha é mais restritiva do que nos Estados Unidos.

O aborto permanece em grande parte ilegal na Irlanda do Norte.

Sem escolha: 200 mil abortos por ano…

Desde que foi aprovada lei do aborto, mais de 8,7 milhões de abortos foram realizados no Reino Unido isso corresponde a mais 200 mil inocentes que são mortos a cada ano.

A declaração dos bispos lamentou o fato de que, na Grã-Bretanha moderna, o apelo à liberdade de escolha está cada vez mais centrado na resolução de dilemas e dificuldades de acordo com seu impacto emocional e os desejos imediatos de uma pessoa.

“A escolha de cada indivíduo deve levar em conta as ramificações mais amplas de suas decisões que, inevitavelmente, têm um efeito profundo além da pessoa que as faz. No caso do aborto, decisões e escolhas precisam reconhecer o dever de apreciar a vida humana e promover seu florescimento além das circunstâncias de qualquer pessoa, por mais desafiador que seja “, disseram os bispos.

Contradições abortistas

Os Bispos do Reino Unido apontam em seu comunicado uma “contradição particular” na legislação que permite o assassinato de um feto diagnosticado com deficiência, e concede proteções às pessoas que nascem ou contraem deficiências após o nascimento:
“Os últimos cinquenta anos testemunharam um aprofundamento do respeito e compreensão da sociedade para as pessoas com deficiência, e a legislação ajudou as pessoas com deficiência a alcançar vidas gratificantes”, diz o comunicado, dando o exemplo da participação nos jogos paraolímpicos.

Os Bispos ainda afirmaram: “Esperamos que uma maior reflexão e consistência na abordagem às crianças não nascidas com deficiência levará a uma mudança de entendimento, com maior proteção fornecida por uma nova legislação”, disseram os bispos.

Consciência moral de médicos e profissionais da saúde

“A consciência pessoal é inviolável e ninguém deve ser forçado a agir contra sua consciência devidamente formada nestes assuntos”, diz o comunicado. “Isso é algo que precisa de um maior debate em nossa sociedade”.

A declaração dos bispos também falou contra os esforços para retirar as proteções de consciência dos médicos e outros profissionais de saúde quando se trata de aborto. (JSG)

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas