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No prefácio do livro de Carriquiry, Francisco afirma: América latina vive em angústia

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 26-10-2017, Gaudium Press) O vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Guzmán Carriquiry Lecour, lança a nova edição de seu livro “Memória, Coragem e Esperança. À luz do Bicentenário da Independência da América Latina”.

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O livro foi lançado inicialmente por ocasião do bicentenário da independência latino-americana e sua nova edição será apresentada no próximo dia 16 de novembro na “sala magna” da Livre Universidade Maria Santíssima Assunta (Lumsa).

Cardeal Bergoglio, na primeira edição, Papa na segunda

Em 2011, na primeira edição do livro, o então cardeal Jorge Mario Bergoglio escrevera no prólogo que “a pátria significa defender o que foi recebido, não para colocá-lo em conserva, mas para entregá-lo íntegro em sua essência”.

A nova edição de “Memória, Coragem e Esperança. À luz do Bicentenário da Independência da América Latina” tem como novidade que a apresentação da obra do uruguaio Guzmán Carriquiry Lecour será apresentada pelo não mais Cardeal Bergoglio, mas pelo Papa Francisco que, logo no início da apresentação diz:
“Um longo período de depressão causada pela crise econômica mundial marcou uma transição até o momento atual, no qual a América Latina parece viver na angústia e na incerteza, com estruturas políticas rachadas, com um novo aumento da pobreza e dos abismos da exclusão social para muitos”.

Ainda no prefácio da nova edição do livro “Memória, Coragem e Esperança. À luz do Bicentenário da Independência da América Latina”, o Papa Francisco levanta questões cruciais através de perguntas: o que está acontecendo na América Latina? O que permaneceu da denominação “continente da esperança”? Estamos de volta às ideologias que levaram a insucessos econômicos e devastações humanas?
Depois de ter feito essas perguntas, o Papa Francisco aponta para desafios e prioridades: “urge poder definir e buscar grandes objetivos nacionais e latino-americanos, com consensos fortes e mobilizações populares, para além de ambições e interesses mundanos”.

Argentina e Guadalupe

Lembrando a mensagem à sua “amada pátria” por ocasião do bicentenário da independência da Argentina, o Papa acrescenta: “precisamos de avós sonhadores que empurrem os jovens, que – inspirados por esses mesmos sonhos – avancem com a criatividade da profecia”. “Essa mesma criatividade da profecia – observa – pede-se aos pastores da Igreja na América Latina, fora de qualquer clericalismo desarraigado e abstrato”.

Francisco ressalta ainda no Prefácio ao livro de Carriquiry Lecour que “os gestos patrióticos da emancipação americana, como também nas nossas origens, as aparições de Nossa Senhora de Guadalupe no quadro de uma epopeia missionária e de uma miscigenação lacerada, estão entre os eventos fundadores da nossa grande pátria latino-americana”.
O Papa também escreve: “Os povos, especialmente os pobres e simples, mantêm suas boas razões para viver e conviver, para amar e sacrificar-se, para rezar e conservar viva a esperança. E também para lutar por grandes causas”. (JSG)

 

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