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A autêntica santidade

Redação (Terça-feira, 31-10-2017, Gaudium Press) Na véspera da solenidade em que a Igreja recorda Todos os Santos, a pergunta de qual deve ser a noção da verdadeira santidade é quase uma imposição para aquele que deseja refletir o exemplo daquelas almas que já se encontram no gozo das bem-aventuranças eternas.

O artigo que abaixo transcrevemos pode nos servir de baliza e orientação.

Dois tipos de Santos?

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Muita vezes os Santos são vistos sob aspecto bem diverso do que foram: criaturas moles, sentimentais, sem personalidade nem força de caráter…

Devemos tomar cuidado com a noção errada de virtude muitas vezes propalada, porque quando acolhida em nossas almas tais concepções, formamos uma ideia equivocada dos santos e a via da santidade. É o que veremos nas claríssimas palavras de Dr. Plinio Correa de Oliveira.

“A Igreja ensina que a verdadeira e plena santidade é o heroísmo da virtude. A honra dos altares não é concedida às almas hipersensíveis, fracas, que fogem dos pensamentos profundos, do sofrimento pungente, da luta, da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo”, disse em um de seus livros o Professor Plinio Corrêa de Oliveira.

O maior dos heroísmos

[…] “Lembrada da palavra de seu Divino Fundador, ‘o Reino dos Céus é dos violentos’, a Igreja só canoniza os que em vida combateram autenticamente o bom combate. […] Na realidade, a santificação implica no maior dos heroísmos, pois supõe não só a resolução firme e séria de sacrificar a vida se preciso for, para conservar a fidelidade a Jesus Cristo, mas ainda a de viver na terra uma existência prolongada, se tal aprouver a Deus, renunciando a todo o momento ao que se tem de mais caro, para se apegar tão somente à vontade divina. Certa iconografia infelizmente muito em uso, apresenta os Santos sob aspecto bem diverso: criaturas moles, sentimentais, sem personalidade nem força de caráter, incapazes de ideias sérias, sólidas, coerentes, almas levadas apenas por suas emoções, e, pois, totalmente inadequadas para as grandes lutas que a vida terrena traz sempre consigo.[…]

 

“Teresinhas” diferentes

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“Nossos dois clichês apresentam por assim dizer duas “Terezinhas” diversas e até opostas uma à outra. A primeira nada tem de heroico: é a Terezinha insignificante, superficial, almiscarada, da iconografia romântica e sentimental. A segunda é a Terezinha autentica, fotografada a 7 de Junho de 1897, pouco antes de sua morte, que ocorreu a 30 de Setembro do mesmo ano. A fisionomia está marcada pela paz profunda das grandes e irrevogáveis renúncias. Os traços têm uma nitidez, uma força, uma harmonia que só as almas de uma lógica de ferro possuem. O olhar fala de dores tremendas, experimentadas no que a alma tem de mais recôndito, mas ao mesmo tempo deixa ver o fogo, o alento de um coração heroico, resolvido a ir por diante custe o que custar.

Assim devemos meditar: qual conceito de santidade formamos para nós? E, depois, pedir a Nossa Senhora que tenhamos a alma dócil para ser e fazer aquilo que Ela almeja que sejamos e façamos.

Essa é uma boa reflexão que pode ser feita quando se comemora Todos os Santos! (SAE-JSG)

 

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