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Dom Barron analisa a geração menos religiosa da história dos EUA

Los Angeles – Estados Unidos (Quarta-feira, 01-11-2017, Gaudium Press) Um estudo sobre as tendências entre os jovens norte-americanos nascidos entre 1995 e 2012 que cunhou o termo iGen para representar a grande relação dessa geração com as novas tecnologias foi analisado pelo Bispo Auxiliar de Los Angeles e conhecido evangelizador através da Internet, Dom Robert Barron. Apesar da notável experiência do prelado com o público das redes sociais, os resultados expostos no livro da Dra. Jean, professora de Psicologia na Universidade Estatal de San Diego, alertaram ao Bispo Auxiliar sobre um enorme desafio para a Evangelização: “É um dos textos mais fascinantes e deprimentes que li na última década”, declarou.

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Apesar de haver numerosos aspectos chamativos dos efeitos das tecnologias nos jovens, foram as cifras sobre a relação destes com a religião que ligaram os alarmes do prelado: “Tão recente como a década de 1980, 90 por cento dos estudantes do último ano do secundário se identificaram com um grupo religioso. Entre iGen’ers (membros da ‘iGeração’), as cifras estão agora por volta de 65 por cento e estão caindo. E a prática religiosa é ainda mais atenuada: somente 28% dos estudantes do segundo grau assistiram a serviços (religiosos) em 2015, enquanto que o número era de 40% em 1976”.

Um dado de grande preocupação para Dom Barron é o fato de que a identidade das pessoas que se definiam como “espirituais” apesar de não ter uma afiliação religiosa estão também em declive: “Enquanto que há 20 anos a esmagadora maioria de norte-americanos, incluindo os jovens, acreditavam em Deus, agora um terço dos jovens entre 18 e 24 anos diz que não acredita. No entanto, em 2004, 84 por cento dos adultos jovens disseram que oravam regularmente; para 2016, um quarto dessa mostra da mesma idade disse que nunca rezam”. Também decaiu a crença na Bíblia como a Palavra de Deus, com uma visão cética marcada em um quarto dos jovens objeto do estudo.

Entre as razões oferecidas para estas dramáticas mudanças figura na investigação a preocupação crescente sobre a escolha pessoal (relacionada com a personalização dos objetos e serviços disponíveis para os jovens), a qual se contradiz segundo o Bispo com o lema de São Paulo: “Seja que vivamos ou morramos, somos do Senhor”. Outros motivos incluem a percepção de uma suposta incompatibilidade entre a Fé e a Ciência e a identificação dos jovens com estilos de vida contrários à moral cristã, vista por eles como discriminatória.

Apesar de os dados poderem ser qualificados como “coisas terríveis” pelos leitores católicos, Dom Barron aplaudiu o fato de que se tenha feito evidente uma realidade que afeta notavelmente a Igreja. “A Dra. Twenge oferece um grande serviço a todos aqueles interessados no florescimento da religião, já que expõem as objetividades sem pestanejar, e isto é para o bem, dada nossa extraordinária capacidade de ilusão e autoengano”, explicou. “Ainda que ela não diga aos educadores religiosos e aos catequistas como responder, ela indica de maneira inequívoca o que está levando a esta geração mais não religiosa em nossa história”. O desafio apresentado é para o Bispo um dado obrigatório “para aqueles que desejam evangelizar a próxima geração”. (EPC)

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