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Papa indica caminho para evitar corrupção: Desconfiança, reflexão, oração

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 10-11-2017, Gaudium Press) O Evangelho de São Lucas onde ele narra a parábola do administrador que desperdiça os bens do patrão e que, quando descoberto, ao invés de encontrar um trabalho honesto, continua a roubar com a cumplicidade de outros, foi usado pelo Papa Francisco para desenvolver a temática de sua homilia na Missa que ele celebrou pela manhã na Casa Santa Marta.

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Depois de descrever a atitude do mal administrador, Francisco afirmou tratar-se de “uma verdadeira ‘rede’ de corrupção”, relacionando o episódio com os nossos dias:

“São poderosos eles. Quando fazem ‘redes de corrupção’ são potentes. Chegam a cometer atitudes mafiosas. Esta é a história, não é uma fábula, não é um caso que devemos procurar nos livros de história antiga: Nós a vemos todos os dias nos jornais, todos os dias.
Isto acontece também hoje, sobretudo com aqueles que têm a responsabilidade de administrar os bens do povo, não os bens próprios. Com os próprios bens ninguém é corrupto, porque os defende”.

Filhos deste mundo e filhos da luz

Para o Papa a consequência que Jesus tira neste trecho do Evangelho é que a maior astúcia dos “filhos deste mundo” em relação aos “filhos da luz”: a sua corrupção maior, a esperteza levada adiante “também com cortesia”, com “luvas de seda”.

Existe a “esperteza cristã”?

Francisco questionou se existe a “esperteza cristã”:
“Mas se estes são mais astutos do que os cristãos, se eles são mais astutos do que os fiéis a Jesus, eu me pergunto: existe uma astúcia cristã?
Há uma atitude para aqueles que querem seguir Jesus, (de modo que) não acabem mal, que não acabem sendo comidos vivos pelos outros? Qual é a astúcia cristã, uma astúcia que não seja pecado, mas que sirva para me levar ao serviço do Senhor e também para ajudar os outros? Existe uma esperteza cristã?”

Intuição cristã para ir avante

Existe uma “intuição cristã para ir avante sem cair na rede da corrupção”, afirmou Francisco. E Jesus a descreve no Evangelho, quando fala, por exemplo, dos cristãos que são como “ovelhas entre lobos” ou “prudentes como as serpentes e simples como a pomba”.

Desconfiança, reflexão, oração

O Papa Francisco indica, então, o que fazer mostrando três atitudes a serem tomadas nessas circunstâncias.
A primeira delas é ter uma “saudável desconfiança”, estar atentos, isto é, a quem “promete muito” e “fala demais” como “aqueles que dizem a você, “faça o investimento no meu banco, eu lhe darei juros em dobro”.

A segunda atitude indicada por Francisco é a reflexão, diante das seduções do diabo que conhece nossas fraquezas.

A oração é a última atitude que o Papa indica para ser tomada quando não se deseja ser desonesto e corrupto.

“Rezemos hoje ao Senhor para que nos dê essa graça de sermos espertos, cristãos espertos, de termos esta esperteza cristã. Se há uma coisa que o cristão não pode se dar ao luxo de ser é ser ingênuo. Como cristãos, temos um tesouro dentro: o tesouro que é o Espírito Santo. Devemos preservá-lo. E um ingênuo se deixa roubar o Espírito.
Um cristão não pode se permitir de ser um ingênuo. Peçamos essa graça da esperteza cristã e da intuição cristã.

É também uma boa oportunidade para rezar pelos corruptos. Fala-se de poluição atmosférica, mas também há uma poluição da corrupção na sociedade, destacou Francisco, pedindo ainda, ao encerrar:

“Rezemos pelos corruptos: pobrezinhos, que encontrem o caminho para sair daquela prisão na qual eles quiseram entrar!”. (JSG)

 

 

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