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Partido comunista chinês proíbe viagens de cidadãos para o Vaticano

China – Pequim (Sexta-feira, 24-11-2017, Gaudium Press) As agências de viagens na China receberam novas diretrizes por parte do Partido Comunista que lhes proíbem de enviar grupos de turistas ao Vaticano e à Basílica de São Pedro, segundo uma denúncia realizada pela ‘Radio Free Asia’ (RFA) e ratificada pela agência ‘AsiaNews’. A medida buscaria frear o crescente interesse dos turistas chineses pelo centro da Fé Católica e as peregrinações realizadas por fiéis católicos que aproveitam as viagens à Itália para visitar o túmulo do Apóstolo Pedro.

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“A agência turística que fizer publicidade para estes destinos em suas promoções ou em outras publicações será multada até 300 mil yuan”, denunciou à RFA um empregado de uma agência de viagens que recebeu a diretriz estatal. A crescente presença chinesa no Vaticano possibilitou as imagens de grupos de fiéis nas audiências gerais na Praça de São Pedro e a recente iniciativa de fiéis chineses residentes na Itália de aproveitar a visita dos turistas para distribuir folhetos com explicações sobre a Fé Católica, endereços da comunidade católica local e os horários das Missas.

Os entrevistados pela emissora indicaram que o motivo argumentado como sustento da proibição é a ausência de relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé e a percepção de que a ordem provêm de instâncias superiores, provavelmente vinculadas com o governo central da China. Alguns analistas sugeriram que o bloqueio de turismo poderia ser uma medida de pressão pela não aceitação das condições oferecidas pelo governo chinês à Santa Sé durante os diálogos de aproximação diplomática. Uma medida similar foi tomada contra a Coreia do Sul quando aprovou a instalação de um sistema antimísseis contra o parecer da China.

A medida foi criticada por um operador turístico chinês contactado pela ‘AsiaNews’, que qualificou como uma ilusão a pretensão governamental de controlar os cidadãos chineses quando estes se encontrem no exterior. “É algo que faz rir. Como pensam controlar milhões de pessoas no exterior?”, expressou. “E sobretudo, os jovens que desejam gozar de uma maior liberdade do que a que foi concedida aos seus pais?”. (EPC)

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