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Nossa Senhora de Guadalupe: Uma prova de amor para os povos americanos

Redação (Terça-feira, 12-12-2017, Gaudium Press) Os povos pré-hispanos do México, transmitiam e conservavam a memória da sua história de geração em geração através de canções e poemas que foram transcritas pelos números e símbolos hieroglíficos Rudes fibras de cactos, algodão, couros ou cascas de árvore. Estes são chamados de “códices”.

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Por sua parte, os historiadores são unânimes em afirmar que a figura de Nossa Senhora de Guadalupe ou impresso na Tilman Ayate, poncho típico dos povos indígenas do México, cujo proprietário era São Juan Diego, e está repleto de figuras simbólicas. Característica que torna ainda mais exclusivo, porque foi destinado a pessoas que comunicaram precisamente através de imagens e símbolos. Na opinião Indígena, a estampa da “Mãe de Deus” não era apenas um retrato, bonito e extraordinário, como o foi para os missionários e conquistadores, mas era uma mensagem, ou um “códice” vindo dos céus.

Através desta demonstração sobrenatural, Nossa Senhora de Guadalupe, expressou sua afeição por todas aquelas pessoas especiais, sua bondade e misericórdia sem limites e uma suavidade que até então os índios nunca tinha provado.

Analisemos alguns destes símbolos presentes na imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.
O cinto e o resplendor

Nossa Senhora de Guadalupe é apresentada com um cinto que não está localizado em sua cintura, mas, acima.
Foi o sinal para os índios que estava grávida. A quem dará à luz? Ao sol resplandecente.

O grande resplendor que Nossa Senhora tem por trás dela, e que saia Dela é o sol. Para os habitantes do México, esse astro é um símbolo da divindade.
Logo, a senhora da figura não era outra senão a Mãe de Deus.

Data da aparição

Existe um fato significativo, ligado ao símbolo do sol. E está relacionado com o chamado solstício de inverno. Em todo o hemisfério sul, ocorre em 22 de junho.

Por causa da inclinação do eixo da Terra, o Sol atinge o seu máximo de distância do equador. É o início do inverno, e também o dia mais tarde quando o sol nasce e se põe mais tarde. Por essa razão, aliás, é o mais curto dia e a noite mais longa do ano.

No hemisfério norte, que fica localizado no México, neste inverno solstício ocorre em 22 de dezembro. Desde tempos imemoriais, os povos pagãos acreditavam que a data como a mais importante do ano, pelo simbolismo do sol que depois de se pôr volta a crescer.

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Os povos pré-colombianos do México, muito conhecedores da astronomia tinham naquele dia na mais alta consideração religiosa, era o dia em que o sol moribundo recobrava vigor, era o retorno a vida, era o surgimento da luz, a vitória sobre as trevas.

A aparição de Nossa Senhora de Guadalupe se deu exatamente nessa ocasião.

Embora, nesse momento, como registrado em 12 de dezembro (e por respeito pela tradição é a data que se mantém até hoje), foi um erro do calendário Juliano então em vigor, e que foi corrigida mais tarde.

Para reforçar a impressão que causou, ao mesmo tempo o famoso cometa Halley’s atingiu o seu Zenit nos céus mexicanos.

Seu manto de estrelas

De acordo com estudos recentes que podem ser comprovadas com precisão admirável, no manto de Nossa Senhora, estão representadas as mais brilhantes estrelas das principais constelações visíveis no Vale de Anahuac -atual cidade do México- no dia da aparição. Foi mais uma prova aos índios que a senhora vinha do céu.

A flor de Quatro Pétalas

Se tivermos um olhar para o manto de Nossa Senhora, abaixo da cintura deve ver uma pequena flor de quatro pétalas. Esta flor é Nahui-Hollín, de grande importância na perspectiva indígena do universo.

Ela representa a antiga cidade de Tenochtitlán, a capital asteca, e em particular a colina do Tepeyac, onde se deu a aparição de Nossa Senhora. Também representadas, a plenitude da presença de Deus. Era outra indicação, que a senhora com o manto de estrelas, levava em seu puríssimo seio o Deus único e verdadeiro.

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O resto das flores e figuras impressas em suas vestes não estão colocadas ali ao acaso. Correspondem às diferenças geográficas do México, que os indígenas interpretavam à perfeição.

O cabelo

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Nossa Senhora traz o cabelo solto que entre todos os Astecas era um sinal de virgindade. Portanto, a mostra de que a senhora é virgem e mãe.

O Rosto

Por fim, Nossa Senhora quis mostrar-se com traços mestiços, rosto moreno e ovalado, dizendo que ela quer ser a mãe amorosa de todos os habitantes da América.

Muitos outros símbolos podem ser vistos na extraordinária figura de Nossa Senhora de Guadalupe, e nenhuma delas é aleatória, porque tudo isso está em um altíssimo nível de Sabedoria.

Por outro lado, existe uma infinidade de belezas que a virgem oculta, que a ciência com todos os seus avanços tecnológicos não consegue explicar.

Por exemplo, o fenômeno das pupilas, na qual se distinguem com lupa minúsculas figuras humanas.

A durabilidade inexplicável do rude manto, nem mesmo o ácido sulfúrico caído por acidente conseguiu destruir.

O modo misterioso que foi impressa a figura de nossa Senhora e outros aspectos que proximamente abordaremos.

São as maravilhas da “Sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus” como ela mesma se definiu quando falou pela primeira vez com São Juan Diego.

Por Victor Mariño

 

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