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Papa: Com rosto de velório, como posso acreditar que você foi redimido e seus pecados perdoados?

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 22-12-2017, Gaudium Press) Durante a homilia realizada pelo Papa Francisco na Capela da Casa Santa Marta, na quinta-feira, ele tratou da verdadeira alegria, que brota do fato de sermos perdoados:

É preciso ter o rosto de felicidade, de pessoas redimidas, perdoadas, não de “vigília fúnebre”.

Esta foi a reflexão que guiou a homilia do Papa Francisco na manhã desta quinta-feira, na capela da Casa Santa Marta.

A Alegria que nasce do Perdão

A Primeira Leitura e o Evangelho do dia falam da alegria profunda que vem de dentro, fruto do perdão dos pecados e da proximidade do Senhor. Não da alegria comum.

Três são os aspectos dessa alegria identificada pelo Papa.

Antes de tudo, é uma alegria que nasce do perdão:

“Esta é a raiz própria da alegria cristã”.

Basta pensar na alegria de um prisioneiro quando lhe vem comutada a pena ou aos doentes, aos paralíticos curados no Evangelho.

É preciso, portanto, estar conscientes da redenção que Jesus nos trouxe:

Mas se você tem o rosto de vigília fúnebre, como posso acreditar que você é um redimido, que os seus pecados foram perdoados?

Este é o primeiro ponto, a primeira mensagem da liturgia de hoje: você é um perdoado, cada um de nós é um perdoado.
“Deus é o Deus do perdão”, disse o Papa, exortando, portanto, a receber este perdão e a ir avante com alegria, porque o Senhor perdoará depois também as coisas que, por fraqueza, todos fazemos.

Alegria, porque o Senhor caminha conosco

O segundo convite é o de ser alegres, mesmo porque o Senhor “caminha conosco” desde o momento em que chamou Abraão. “Está no meio de nós”, em nossas provações, dificuldades, alegrias, em tudo. Francisco pediu para que durante o dia dirijamos “alguma palavra ao Senhor que está conosco”, em nossa vida.

O pessimismo da vida não é cristão

O terceiro aspecto é o não deixar “cair os braços” diante das desgraças:
O pessimismo da vida não é cristão. Nasce de uma raiz que não sabe que foi perdoada, nasce de uma raiz que nunca sentiu o carinho de Deus.

O Evangelho, podemos dizer, nos mostra esta alegria:

“Maria levantou-se alegre e foi rapidamente”. A alegria nos leva rapidamente, sempre, porque a graça do Espírito Santo não conhece lentidão, não conhece. O Espírito Santo sempre vai apressado, sempre nos impele a ir adiante, adiante como o vento no barco à vela.

Alegria que faz exultar

O Papa continuou explicando come é esta alegria que o cristão deve ter.

Trata-se de uma alegria que faz o menino João Batista exultar no ventre de Isabel no encontro com Maria:

Esta é a alegria que a Igreja nos diz: por favor, sejamos cristãos alegres, façamos todo esforço para mostrar que nós acreditamos que fomos redimidos, que o Senhor nos perdoou tudo e se cometermos algum erro, Ele nos perdoará porque é o Deus do perdão, é o Senhor no meio de nós e que não deixará cair os nossos braços. Esta é a mensagem de hoje: Levanta-te. Aquele levanta-te de Jesus aos doentes: “Levanta, vai, grita de alegria, alegra-se, exulta e aclama de todo coração. (JSG)

 

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